O homem que foi preso em conexão com uma série de incêndios em igrejas históricas de negros na Louisiana (EUA), declarou-se culpado das acusações de crime federal de ódio na última segunda-feira (10).
Holden Matthews, 22 anos, de Opelousas (EUA), admitiu ter ateado fogo a três igrejas batistas por causa do caráter religioso dos edifícios e em uma tentativa de ganhar alguma credibilidade como músico de black metal, de acordo com o Gabinete da Promotoria dos EUA.
Ele se declarou culpado de três acusações de violar a Lei de Prevenção de Incêndio Criminoso contra Igrejas, bem como uma acusação de usar fogo para cometer um crime federal.
"Hoje, o réu assumiu a responsabilidade pelo incêndio e destruição de três de nossas igrejas", disse o Procurador dos EUA, David C. Joseph, em um comunicado.
Os incêndios que foram ateados durante um período de dez dias, começando em 26 de março de 2019, destruíram completamente três igrejas da Paróquia de St. Landry. As igrejas, que estavam vazias no momento dos incêndios, tinham congregações predominantemente negras.
Os promotores disseram que Matthews, filho de um representante da Paróquia de St. Landry, admitiu ter ateado fogo devido ao carácter religioso dos edifícios "num esforço para ganhar credibilidade como músico de black metal, copiando crimes semelhantes cometidos na Noruega, nos anos 90".
Ele também admitiu ter assistido às igrejas queimando e ter feito fotos e vídeos dos incêndios e postá-los no Facebook em um esforço de se promover na comunidade black metal, disseram os promotores.
"Holden Matthews tomou uma decisão consciente de atacar e destruir igrejas aleatoriamente dentro de sua própria comunidade", disse o agente especial do FBI encarregado, Bryan Vorndran. "Suas ações cruéis causaram muita dor e tristeza nessas congregações, bem como todos na Paróquia St. Landry."
Matthews também enfrenta acusações de incêndio criminoso e crime de ódio em conexão com os incêndios.
Ele deve ser condenado às acusações federais no dia 22 de maio e enfrentar uma pena mínima obrigatória de dez anos de prisão, de acordo com a Procuradoria dos EUA.
Este post foi traduzido do inglês.