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Protestos contra o assassinato de negros pela polícia espalharam-se pelos Estados Unidos

Manifestantes enfurecidos por causa do homicídio de duas pessoas negras desarmadas por policiais tomaram uma delegacia de polícia em Minneapolis e provocaram a mobilização da Guarda Nacional.

Protestos inflamados ocorreram ao redor dos EUA na noite de quinta-feira (28), uma resposta aos atos de brutalidade policial que ocasionaram a morte de um homem negro desarmado em Minneapolis e uma mulher negra desarmada em Kentucky.

Também houve protestos em Denver, Nova York e na capital de Ohio.

Centenas de pessoas tomaram as ruas de Minneapolis no terceiro dia de protestos contra morte de George Floyd, um homem negro que morreu após um policial imobilizá-lo pressionando o joelho contra seu pescoço. Floyd implorou repetidas vezes para que o policial parasse, dizendo: “Eu não consigo respirar.” Especialistas disseram ao BuzzFeed News que a tática usada pelo policial era inaceitável e injustificável, devendo ser banida da polícia.

Manifestantes enfrentaram a polícia na área sul de Minneapolis, invadindo a sede da 3ª Delegacia de Polícia e ateando fogo ao prédio após a desocupação dos policiais. A conta no Twitter da cidade de Minneapolis insistiu para que as pessoas saíssem da área, citando “relatos não confirmados” de vazamentos nos gasodutos e explosivos no prédio.

A delegacia estava vazia desde as 22h de quinta-feira, após uma ordem do prefeitoJacob Frey. A Guarda Nacional de Minnesota também foi mobilizada.

O prefeito convocou uma coletiva de imprensa na manhã de sexta-feira e afirmou: “O simbolismo de um prédio não pode ser mais importante do que a vida de nossos policiais ou da população. Não poderíamos arriscar que alguém ficasse gravemente ferido, tijolos e cimento não são tão importantes quanto vidas.”

O presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu um tuíte sobre o prefeito, chamando-o de “fraquíssimo prefeito radical de esquerda”. Outro tuíte de Trump foi sinalizado pelo Twitter por glorificar a violência, já que ele recomendava que os manifestantes que saqueassem lojas fossem recebidos a tiros.

O correspondente da CNN Omar Jimenez e sua equipe foram presos. Membros da CNN disseram que a única pessoa que não havia sido presa era um repórter branco. Josh Campbell afirmou ter identificado-se quando a polícia o abordou e que sua presença na área foi permitida por eles. A equipe disse que a prisão era “uma clara violação do seu direito da Primeira Emenda”.

Minnesota police arrest CNN reporter and camera crew as they report from protests in Minneapolis https://t.co/oZdqBti776

O repórter e sua equipe já foram liberados.

Em Saint Paul, perto dali, a polícia informou que 170 estabelecimentos comerciais foram danificados ou saqueados durante os protestos.

A centenas de quilômetros, em Louisville, Kentucky, manifestantes reuniram-se para protestar contra a morte de Breonna Taylor, uma mulher negra de 26 anos de idade que foi morta a tiros em casa pela polícia no dia 13 de março. Sua morte está sendo investigada pelo FBI.

A polícia de Louisville afirmou que sete pessoas foram baleadas durante o protesto e que pelo menos uma pessoa estava em estado crítico. O tiroteio não envolveu a polícia, mas ocorreu no meio do protesto.

“Sabemos que durante horas o protesto foi pacífico, antes de algumas pessoas da multidão ficarem violentas”, afirmou Greg Fischer, prefeito de Louisville, que esclareceu que dois dos indivíduos baleados tiveram de passar por cirurgia, mas que os outros cinco estavam “bem”.

Vídeos do protesto capturaram o momento em que os manifestantes tentaram virar uma viatura de polícia antes do som de tiros dispersar a multidão e causar um frenesi.

No ápice da manifestação, Fischer compartilhou uma mensagem on-line que afirmou ter sido escrita por parentes de Taylor, pedindo que os manifestantes não recorressem à violência.

A mulher que não foi identificada agradeceu o apoio dos manifestantes: “Louisville, muito obrigada por dizer o nome de Breonna hoje à noite. Não vamos parar até conseguirmos justiça, mas devemos encerrar a manifestação hoje antes que alguém se machuque. Por favor, voltem para casa, fiquem em segurança e estejam prontos para continuar lutando.”

A message from Breonna Taylor’s family urging protestors to be peaceful, go home and keep fighting for truth.

Descrevendo a morte de Taylor como uma “tragédia”, Fischer advertiu contra novos distúrbios.

Ele disse: “Eu apelo aos manifestantes, novamente, como a família de Breonna disse hoje à noite – a dizer seu nome. Mas não vamos machucar mais ninguém. Só há um caminho a seguir, e é trabalhando juntos.”

Similarmente, em Denver, policiais usando equipamentos antidistúrbio enfrentaram manifestantes que se reuniam no prédio do Colorado State Capitol, sede do governo. Apesar de não haver relatos de nenhum incidente grave, foram ouvidos tiros e um vídeo de um manifestante sendo atingido por um veículo foi amplamente difundido.

Pela segunda noite, manifestantes em Los Angeles reuniram-se ao redor da sede do Departamento de Polícia de Los Angeles para protestar contra a morte de Floyd.

Este post foi traduzido do inglês.

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