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Este neonazista foi condenado a pagar US$ 700 mil à vítima de postagem racista

Ele já havia sido condenado a pagar US$ 14 milhões a outra mulher alvo de assédio de seus seguidores.

Uma juíza federal dos Estados Unidos decidiu que mais de US$ 700 mil deveriam ser pagos a uma mulher que foi bombardeada com mensagens racistas, sexistas e ameaçadoras, depois que um supremacista branco usou seu site neonazista para incentivar seus seguidores a assediá-la.

A decisão foi proferida na sexta-feira (9) contra Andrew Anglin, fundador e editor do site neonazista Daily Stormer, bem como contra um dos seus seguidores que assediou repetidamente Taylor Dumpson.

Em sua decisão, a juíza distrital dos EUA Rosemary Collyer disse que as ações de Anglin "foram racialmente motivadas e intencionalmente causaram uma campanha de assédio racial e de gênero".

"A extensão do ataque em massa de trolls foi significativa e o sr. Anglin, por meio do Daily Stormer, intencionou esse resultado, ou foi imprudente em suas ações", disse Rosemary Collyer.

Essa decisão vem um dia depois de um juiz de Montana determinar que Anglin pagasse US$ 14 milhões a outra mulher a quem ele incentivou que seus seguidores assediassem.

Taylor Dumpson foi eleita presidente do conselho estudantil da American University em 2017 — a primeira mulher negra presidente na história da escola. No dia em que tomou posse, várias bananas com mensagens racistas foram encontradas penduradas em forcas.

O incidente provocou manchetes nacionais, e acabou atraindo a atenção de Anglin.

Quatro dias depois que as bananas foram encontradas no campus da American University, Anglin, em um post do Daily Stormer, incentivou seus seguidores a trollar Taylor Dumpson.

Ao lado da foto dela, Anglin postou links para a página pessoal de Taylor no Facebook e para a conta no Twitter do conselho estudantil da AU, encorajando seus leitores a "deixá-la saber que você apoia totalmente sua luta contra as bananas".

Os seguidores de Anglin começaram imediatamente a enviar mensagens racistas para Taylor. Entre eles estava Brian Andrew Ade, que também é mencionado na decisão.

As mensagens de Ade para Taylor no Twitter invocaram estereótipos raciais, e ele se referiu a ela repetidamente como um "chimpanzé" ou "sheboon" (gíria racista para uma mulher negra), de acordo com documentos do tribunal.

Ade e Anglin, os dois réus, são igualmente responsáveis por fazer o pagamento a Taylor Dumpson.

A juíza Collyer também ordenou que os dois não contatassem Taylor Dumpson nem postassem nada online sobre ela.


Este post foi traduzido do inglês.

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