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Caitlyn Jenner retira apoio a Trump depois de presidente recuar sobre direitos trans

"Tenho que aprender com meus erros e seguir em frente." Jenner, republicana de longa data que em 2015 trouxe a público sua transexualidade, apoiou Donald Trump nas eleições de 2016.

Depois de passar dois anos dizendo que estava desapontada com as políticas da gestão de Donald Trump frente à Presidência dos Estados Unidos, Caitlyn Jenner anunciou que não apoia mais o presidente.

Jenner, republicana de longa data que em 2015 trouxe a público sua transexualidade, teve que lidar com a resistência da comunidade LGBTQ a seu apoio à candidatura de Trump nas eleições de 2016. Jenner disse que acreditava que Trump iria se posicionar a favor da comunidade LGBTQ e que estava confiante que ela poderia conscientizar os republicanos em temas críticos para a comunidade LGBTQ norte-americana.

No entanto, na última quinta-feira (25), ela escreveu no jornal "Washington Post" que estava errada.

"Infelizmente, eu estava errada", escreveu a ex-atleta olímpica que se tornou estrela de reality shows. "A verdade é que a comunidade trans está sofrendo um ataque implacável desse presidente."

Jenner já vinha criticando as políticas adotadas pelo governo, mas foi a primeira vez que disse que não apoiaria mais o governo Trump.

"Está óbvio que essas medidas têm vindo diretamente de Trump e têm sido sancionadas, de maneira ativa ou passiva, pelos republicanos que continuam a apoiar seu governo. Minha esperança nele — neles — foi mal direcionada, e eu não posso mais apoiar alguém que está atacando nossa comunidade", escreveu. "Eu não apoio Trump. Tenho que aprender com meus erros e seguir em frente."

No fim de semana, o jornal "The New York Times" publicou que um memorando ainda não divulgado do governo Trump iria redefinir gênero "como uma condição biológica e imutável determinada pela genitália no nascimento". Os críticos disseram que trans e pessoas em não conformidade de gênero teriam suas identidades apagadas e protestaram tanto presencialmente como por meio das redes sociais com a "hashtag" #WontBeErased.

"Preciso escutar mais os membros da comunidade LGBTQ e aprender mais", escreveu Jenner. "Tenho que usar melhor minha voz, minha posição e minha fundação para defender e apoiar nossa comunidade."

Em fevereiro de 2017, Jenner chamou as ações que o presidente tomou para reverter políticas que defendiam as crianças transgêneras de "desastre". Depois, em julho de 2017, Jenner questionou a tentativa do presidente de banir os transgêneros do Exército, elogiando o patriotismo dos aproximados 15 mil trans que estavam servindo.

Em maio, ela também disse a membros do parlamento britânico que acreditava que a administração Trump tinha atrasado em mais de 20 anos as conquistas da comunidade trans.

Ao admitir seu erro em apoiar Trump, Jenner escreveu que continuaria a se manifestar em temas de defesa às pessoas trans, incluindo a questão dos sem-teto, a discriminação em ambientes de trabalho e saúde mental.

"Continuarei a trabalhar com qualquer um que esteja comprometido em ajudar nossa comunidade", disse. "O mundo precisa nos ouvir. O mundo precisa nos conhecer. Não seremos apagados."

A tradução deste post (original em inglês) foi editada por Luísa Pessoa.

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