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Ele jogou fora um guardanapo no mês passado. E acabou acusado de matar uma mulher em 1993

Um homem de Minnesota (EUA) foi apontado como o autor de um homicídio ocorrido há mais de 25 anos depois que a polícia coletou seus dados de DNA em um guardanapo — que ele havia usado para comer um cachorro-quente, no mês passado.

Um homem de Minnesota (EUA) foi acusado de homicídio depois que a polícia usou um guardanapo para responsabilizá-lo por um assassinato ocorrido há quase 26 anos.

A polícia prendeu o empresário Jerry Westrom, de 52 anos, na semana passada, depois que investigadores usaram um banco de dados genéticos para apontar uma relação entre o DNA dele e evidências encontradas no local do assassinato de Jeanne Ann "Jeanie" Childs, de 35 anos, em 1993.

Westrom negou as acusações. De acordo com o Minneapolis Star Tribune, ele foi liberado na sexta-feira após pagar fiança de US$ 1 milhão.

Procurado pelo BuzzFeed News, o advogado da Westrom não se pronunciou.

A prisão do Westrom é apenas o mais recente exemplo de casos antigos sem conclusão que foram reabertos por autoridades policiais dos Estados Unidos com base em informações de bancos de DNA privados.

Nos últimos dois anos, autoridades federais e locais usaram esses bancos de dados para apontar a ligação entre possíveis suspeitos e casos não resolvidos.

A tática, no entanto, levantou questões éticas, já que muitas pessoas usam essas empresas privadas e seus bancos de dados para obter informações sobre sua ancestralidade, sem saber que essas informações sobre seu DNA podem ser usadas pela polícia para identificar outros membros de sua família.

No mês passado, o BuzzFeed News mostrou que a Family Tree DNA, uma das maiores empresas de testes caseiros de DNA, tinha um acordo para ajudar o FBI a resolver casos de crimes violentos.

Embora a polícia de Minneapolis não tenha informado qual empresa privada de DNA foi usada no caso Childs, as autoridades disseram que, no ano passado, inseriram em sites de genealogia dados de DNA coletados na cena do crime, o que apontou dois possíveis suspeitos. Um deles era Westrom, que morava perto do local do crime na época do assassinato e que, em 2016, foi acusado de tentar fazer sexo com uma menor de idade, de acordo com o Tribune.

Guardanapo no lixo

No mês passado, os policiais seguiram o Westrom até um jogo de hóquei. Lá, observaram-no pedindo um cachorro-quente e depois limpando a boca com um guardanapo. Depois que o suspeito jogou fora o guardanapo, os policiais vasculharam o lixo e obtiveram as evidências genéticas. Esse DNA foi usado para ver se batia com o da cena do crime de 1993.

A polícia prendeu Westrom, pai de três filhos, em seu escritório na última segunda-feira passada.

"Para as pessoas que dizem que estamos invadindo a privacidade alheia, basta lembrar que também usamos o DNA o tempo todo para provar que uma pessoa é inocente", disse Mike Freeman, promotor do Condado de Hennepin. "Porque, se não tivermos uma correspondência [do material genético], não temos um caso. Essa tecnologia só tornou o processo de identificação muito melhor."

Childs foi encontrada morta em junho de 1993, depois que um vizinho notou que havia água saindo de seu apartamento em Minneapolis. Quando a polícia chegou, a vítima, que já havia trabalhado como prostituta, estava no chão, morta com várias facadas. Na cena do crime, a polícia coletou várias amostras de DNA de um edredom que estava na cama, de uma toalha no banheiro e de uma toalhinha no assento do vaso sanitário.

Brasil

No Brasil, o projeto de lei anticrime apresentado pelo ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) prevê a ampliação do banco de DNA de presos, atualmente restrito a informações genéticas de presos que praticaram crimes violentos ou hediondos.

Pelo projeto de Moro, todos os condenados por crimes dolosos (com intenção) seriam submetidos à identificação de DNA. A amostra genética seria extraída no momento em que os condenados chegassem à unidade prisional.


Este post foi traduzido do inglês.

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