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Um vídeo sobre a reabertura de escolas foi chamado de “apocalíptico” e “triste”

Uma mãe compartilhou o vídeo no TikTok e disse que as cenas a fizeram lembrar de "Jogos Vorazes" ou "um filme do M. Night Shyamalan".

Um distrito escolar no estado americano da Flórida tem enfrentado oposição por uma propaganda que compartilhou na semana passada, informando a comunidade sobre como será a reabertura das escolas.

A propaganda do Distrito Escolar do Condado de Manatee despertou reações de ridicularização e horror em várias regiões dos EUA após uma mãe moradora de uma cidade próxima compartilhá-la no TikTok, onde viralizou. Em seu vídeo, Tiffany Jenkins, que tem três filhos pequenos, descreveu a propaganda do distrito como “apocalíptica” e parecendo “um filme do M. Night Shyamalan”. Disse também que as cenas a lembraram de "Jogos Vorazes".

A propaganda compartilhada inicialmente pelo distrito escolar em sua página do Facebook mostra os professores com escudos, máscaras e jalecos, os alunos em máscaras e as várias maneiras como manterão distância na sala de aula e no refeitório.

A mãe de uma criança matriculada no Distrito Escolar do Condado de Manatee disse ao BuzzFeed News que ficou “muito triste” ao assisti-la e não acredita que o plano de reabertura seja “realista”.

@jugglingthejenkins

I feel like I'm living in an M. Night. Shyamalan movie dude.

♬ original sound - jugglingthejenkins

"O fato de esperarem que isso aconteça — esperar que as crianças se sentem em mesas longe uma das outras, ter áreas entre eles, especialmente na pré-escola e no jardim de infância… Não achei que fosse realista", disse Erica Howard, de 30 anos, que tem três crianças pequenas.

“As escolas precisam ficar abertas para os pais que precisam trabalhar e não podem ficar com os filhos durante o dia, mas o que eles estão projetando não é realista”, ela acrescentou.

Jenkins, que publicou o vídeo no TikTok, disse ao BuzzFeed News que viu muitos pais publicando a propaganda no Facebook e reclamando. Seus filhos vão a um distrito escolar diferente nas redondezas.

“Fiquei triste ao ver como a experiência seria diferente”, Jenkins disse ao assistir à propaganda. “Parece um castigo para as crianças. Isso me entristece. Crianças são crianças. A ideia de que elas precisam focar em manter distância e usar máscaras para ficarem tão longe dos amigos é de partir o coração”.

A reação on-line ao vídeo compartilhado por ela foi semelhante, senão ainda mais forte.

“ACHO QUE SE PRECISAMOS MEDIR A TEMPERATURA DOS ALUNOS E TER TODAS ESSAS MEDIDAS EXTREMAS TALVEZ NÃO SEJA HORA DE VOLTAR”, dizia um dos comentários.

Segundo o site do distrito escolar, atualmente há três opções de reabertura para os pais: cinco dias semanais de aulas presenciais, um híbrido entre cinco dias de estudo na escola e em casa e cinco dias de aulas virtuais.

Howard disse que a reabertura das escolas está marcada para 18 de agosto, mas que ela e outros pais ainda não sabem alguns detalhes ao certo, como quantos alunos optaram por voltar e como gerenciarão a quantidade e a movimentação de todos eles.

“Disseram que no horário do almoço todas as turmas almoçarão, mas será que vai ser por escalas? Vão ter menos tempo para comer?”, ela perguntou.

Howard disse que também se preocupa com os professores que terão que “passar o tempo todo disciplinando as crianças para usarem suas máscaras e manter distância, e menos tempo no aprendizado”.

O BuzzFeed News entrou em contato com o superintendente do Distrito Escolar do Condado de Manatee com algumas dessas perguntas.

Em sua página no Facebook, o distrito ainda recebe uma enxurrada de críticas de pais desapontados pelos novos padrões “sinistros” e “tristes”.

Tanto Howard como Jenkins reconhecem como decisões como essas são difíceis para as autoridades escolares, e elas mesmas também não sabem ao certo qual seria a melhor atitude.

“Ando muito confusa quanto ao que fazer e o que é certo”, disse Howard. “É a decisão mais difícil como mãe agora. Independentemente do que façamos, não queremos fazer pouco-caso do vírus e de quem está sob risco, mas, ao mesmo tempo, não queremos deixar a saúde emocional dos nossos filhos de lado”.

“Do jeito que o mundo anda, tudo pode mudar em um dia”, acrescentou Jenkins, que disse não ter tomado nenhuma decisão firme para seus filhos quanto a voltar a estudar presencialmente. “Matriculamos [meu filho] para caso a situação melhore — se em um mês os números melhorarem e for seguro para as crianças irem à escola, talvez façamos isso.

Não importa o que seja descoberto, sempre vai haver discussão a respeito. Prevejo a seção de comentários desta matéria se exaltando”.

Este post foi traduzido do inglês.

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