A maior maré alta em décadas inundou mais de 85% de Veneza, causando danos catastróficos à histórica cidade dos canais e seus monumentos.
"Veneza está de joelhos", afirmou o prefeito Luigi Brugnaro no Twitter na quarta-feira. "A Basílica de São Marcos sofreu danos graves, assim como toda a cidade e as ilhas."
Brugnaro, que culpou as mudanças climáticas pela segunda pior inundação já registrada na cidade italiana, declarou estado de emergência e disse que Veneza "precisará da ajuda de todos para superar estes dias que estão nos colocando à prova".
A inundação, desencadeada por ventos fortes que empurraram a maré alta até a cidade, causou pelo menos uma morte – um idoso foi eletrocutado enquanto tentava consertar uma bomba hidráulica na ilha de Pellestrina –, fechou escolas, teatros e conservatórios, inundou a cripta da Basílica de São Marcos e afundou lanchas e barcaças, um meio de transporte essencial para a cidade.
Veneza foi construída sobre diversas ilhotas em um lago raso e vem afundando lentamente, uma situação agravada pelo aumento do nível do mar causado pelas mudanças climáticas. A inundação desta semana é a maior já registrada na cidade desde a enchente sem precedentes de 1966.
"Nunca vi algo como o que vi ontem à tarde [terça-feira] na Praça de São Marcos", afirmou o monsenhor Francesco Moraglia, patriarca de Veneza, segundo a CNN. "Parecia que estávamos em uma praia, por causa das ondas."
Este post foi traduzido do inglês.