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Esta série de retratos celebra idosos trans e em não conformidade de gênero

"Eu perdi os primeiros 50 anos da minha vida, mas não perderei os próximos 50."

O debate nos EUA sobre a identidade e a comunidade trans costuma se concentrar na parcela jovem da população. Por outro lado, pouco se fala sobre as pessoas trans e em não conformidade de gênero mais velhas do país.

O mais novo projeto da fotógrafa Jess Dugan, To Survive on This Shore (Para Sobreviver Neste Lado, em tradução livre), tem por objetivo chamar a atenção para essas vozes.

Durante mais de cinco anos, Dugan e a assistente social Vanessa Fabbre viajaram pelos Estados Unidos fotografando e entrevistando indivíduos trans e em não conformidade de gênero mais velhos. O objetivo era que suas histórias, em sua maioria desconhecidas, viesse finalmente a público.

Segundo Dugan, o projeto é, antes de tudo, uma “missão educacional e militante”.

“Antes do início do projeto, ouvi vários jovens trans dizerem que nunca tinham visto imagens de pessoas trans mais velhas. Por isso, elas não faziam ideia de como seria a vida delas daqui para frente”, afirmou. “Criei esse projeto para eles, assim como também para registrar e validar as experiências dos idosos trans, muitos dos quais lutaram pelo mundo em que vivemos hoje.”

Dugan constatou que, de todas as histórias relacionadas a pessoas trans que vemos na imprensa, a maioria se concentra na violência ou em algum tipo de discriminação. "Com esse projeto, quis criar representações de diferentes forma de viver e envelhecer sendo uma pessoa trans", explicou. "Eu também queria registrar a história de pessoas que, em muitos casos, abriram o caminho para o mundo em que vivemos hoje."

"Eu me preocupava com o fato dessas histórias correrem o risco de serem esquecidas. Queria registrá-las e preservá-las", afirmou Dugan. Ela disse que, apesar do atual foco nacional na juventude trans ser muito importante, as histórias da velha guarda não devem ser ignoradas. "Sempre existiram pessoas trans e em não conformidade de gênero."

Segundo Dugan, ela e Fabbre sempre conduziram as entrevistas da mesma maneira – começando com um: "Como você se identifica hoje e quais foram alguns dos principais eventos que levaram a essa identidade?" e terminando com: "Olhando para a frente, quais são as suas esperanças – ou medos – sobre o futuro e envelhecer?".

Abaixo, alguns dos retratos e trechos do livro To Survive on This Shore, já disponível nas livrarias dos EUA.

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