• newsbr badge

Vítima indiana de estupro processa Uber após empresa obter e divulgar ilegalmente seus registros médicos

Mulher foi estuprada por motorista em Nova Délhi, em 2014.

Uma mulher indiana que foi estuprada por um motorista da Uber em Nova Délhi, em 2014, está processando a empresa e seus executivos pela segunda vez. Ela já havia entrado com uma ação em 2015 e fechou um acordo judicial.

A vítima, que permanece anônima e atualmente vive no Texas, entrou com a ação contra a Uber, o recém-afastado CEO Travis Kalanick, além de dois ex-executivos que trabalhavam na empresa à época do crime.

Na ação, a mulher afirma que a Uber obteve ilegalmente seus registros médicos e os usou para difamá-la entre os funcionários da empresa.

O primeiro documento do processo diz que dias após ela ter sido vítima do estupro, em dezembro de 2014, um dos principais executivos da Uber na Ásia à época, Eric Alexander, encontrou-se com policiais de Nova Délhi que repassaram a ele os registros médicos confidenciais.

Advogados indianos consultados pelo BuzzFeed News afirmam que não há como a Uber ter conseguido esses documentos médicos por vias legais.

"A negação de um estupro é apenas mais uma face da tóxica discriminação de gênero que é endêmica na Uber e está arraigada na cultura da empresa", disse o advogado Douglas Wigdor, que representa a vítima, em nota à imprensa.

"É chocante que [o CEO] Travis Kalanick pudesse dizer publicamente que a Uber faria tudo para apoiar minha cliente e sua família, durante a recuperação, enquanto ele e outros executivos revisavam registros médicos obtidos ilegalmente e alimentavam teorias conspiratórias espúrias e ofensivas sobre o brutal estupro que ela tragicamente sofreu."

Por email, Wigdor disse ao BuzzFeed News que não pode comentar sobre o acordo judicial que sua cliente fechou com a Uber em 2015. Não está claro se havia termos no acordo que impedissem a vítima de processar a empresa novamente.

Um porta-voz da Uber, escalado para comentar o caso, disse ao BuzzFeed News: "Ninguém deveria sofrer uma experiência horrível como essa, e nós estamos verdadeiramente tristes que ela foi obrigada a revivê-la nas últimas semanas."

Leia as alegações na ação (em inglês):

Este post foi traduzido do inglês.

Utilizamos cookies, próprios e de terceiros, que o reconhecem e identificam como um usuário único, para garantir a melhor experiência de navegação, personalizar conteúdo e anúncios, e melhorar o desempenho do nosso site e serviços. Esses Cookies nos permitem coletar alguns dados pessoais sobre você, como sua ID exclusiva atribuída ao seu dispositivo, endereço de IP, tipo de dispositivo e navegador, conteúdos visualizados ou outras ações realizadas usando nossos serviços, país e idioma selecionados, entre outros. Para saber mais sobre nossa política de cookies, acesse link.

Caso não concorde com o uso cookies dessa forma, você deverá ajustar as configurações de seu navegador ou deixar de acessar o nosso site e serviços. Ao continuar com a navegação em nosso site, você aceita o uso de cookies.