Mike Pompeo disse que os Estados Unidos estão pensando em banir o TikTok

    Questionado sobre se os americanos deveriam baixar o TikTok em seus celulares, ele respondeu: “Apenas se você quiser que suas informações privadas terminem nas mãos do Partido Comunista Chinês”.

    Os Estados Unidos estão pensando em banir o TikTok e outros aplicativos chineses por motivos de segurança nacional, afirmou Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos, em uma entrevista a Laura Ingraham, da Fox News.

    “Você deve saber que estamos levando isso muito a sério. Definitivamente estamos analisando isso”, disse Pompeo em resposta a uma pergunta de Ingraham sobre se os EUA considerariam banir os aplicativos chineses de redes sociais dias após a Índia – o maior mercado do TikTok fora da China – ter banido quase 60 aplicativos chineses, incluindo o TikTok, após confrontos na fronteira entre os dois países.

    “No que diz respeito aos aplicativos chineses nos celulares das pessoas, posso assegurar a você que os Estados Unidos também acertarão nesse ponto, Laura”, disse Pompeo. “Eu não quero passar à frente do presidente, mas é algo que estamos analisando.”

    Quando perguntado se os americanos deveriam baixar o TikTok em seus telefones, Pompeo respondeu: “Apenas se você quiser que suas informações privadas terminem nas mãos do Partido Comunista Chinês.”

    Em resposta aos comentários de Pompeo, um porta-voz do TikTok disse o seguinte ao BuzzFeed News: “O TikTok é dirigido por um diretor-executivo americano, com centenas de funcionários e lideranças importantes nos campos de segurança, privacidade, produtos e políticas públicas nos EUA. A nossa maior prioridade é promover uma experiência segura e confiável no aplicativo para os nossos usuários. Nunca fornecemos dados de usuários ao governo chinês e não o faríamos mesmo se isso fosse solicitado.”

    Os comentários de Pompeo foram feitos em um período de crescente tensão entre os Estados Unidos e a China nas áreas de comércio, tecnologia e segurança nacional, dentre outras. Na semana passada, a Comissão Federal de Comunicações (Federal Communications Commission ou FCC) declarou as empresas chinesas de telecomunicação Huawei e ZTE como ameaças à segurança nacional, proibindo que redes nos EUA utilizem fundos federais para comprar equipamentos dessas empresas.

    Após a Índia banir 59 aplicativos chineses na semana passada, Pompeo disse que os Estados Unidos louvavam a iniciativa de banir aplicativos móveis “que poderiam atuar como apêndices do Estado de vigilância do Partido Comunista Chinês”.

    O TikTok pertence à ByteDance, uma empresa com sede em Pequim que é considerada uma das mais valiosas do mundo – a empresa foi avaliada em US$ 100 bilhões em maio, segundo o site especializado Business Insider. Nos últimos anos, o aplicativo explodiu em popularidade entre adolescentes e jovens millenials em países como a Índia e os Estados Unidos, registrando mais de 2 bilhões de downloads no início deste ano. É o primeiro aplicativo chinês que realmente teve algum sucesso fora de seu país de origem.

    Mas a popularidade do TikTok e seus vínculos com a China têm sido alvo de escrutínio no mundo todo. No ano passado, parlamentares dos EUA expressaram preocupação com a censura da empresa a usuários que criticavam o governo chinês e com a possibilidade do aplicativo enviar dados privados dos americanos à China.

    Para ganhar a confiança de Washington, o TikTok contratou no ano passado Kevin Mayer, ex-executivo da Disney nos EUA, para ser o diretor-executivo da empresa, além de ter assegurado que o aplicativo opera em separado da ByteDance. A empresa armazena os dados de usuários americanos exclusivamente em servidores no estado da Virgínia e em Singapura, relatou o jornal New York Times no ano passado.


    Este post foi traduzido do inglês.

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