2016 será o ano mais quente da história, e já sabemos como esse fato será distorcido

    Entenda como os céticos do aquecimento global escolhem seus dados para argumentar que a temperatura do planeta, na verdade, está despencando.

    2016 está a caminho de se tornar o ano mais quente da história, segundo dados divulgados na última segunda-feira (19) pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês).

    Este é o motivo pelo qual os cientistas esperam que 2016 seja o ano mais quente da história:

    A animação acima mostra a diferença de temperatura em relação à média global para cada mês desde janeiro de 1980. Há uma linha para cada ano. Faltando apenas a divulgação dos dados do último mês do ano, seria necessária uma queda drástica na temperatura para que não seja estabelecido um novo recorde em 2016.

    Veja os mesmos dados em uma linha do tempo única:

    É para isso que os céticos da mudança climática chamarão sua atenção:

    No dia 1º de dezembro, por exemplo, o Comitê de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara de Representantes dos Estados Unidos tuitou uma matéria da Breitbart News descrevendo um "gélido silêncio dos alarmistas climáticos" à medida que "as temperaturas globais apresentam forte queda".

    .@BreitbartNews: Global Temperatures Plunge. Icy Silence from Climate Alarmists https://t.co/uLUPW4o93V

    Como mostram os gráficos acima, as temperaturas globais vêm de fato caindo nos últimos meses, depois de uma alta sem precedentes no início deste ano. Isso era esperado, já que um forte El Niño, a fase quente de um ciclo natural no Oceano Pacífico, chegou ao fim. El Niños liberam calor extra na atmosfera. Mas o fim do último evento não altera o aquecimento constante visto por décadas nos registros de temperatura a longo prazo.

    As pessoas que contestam a mudança climática costumam se embasar em dados escolhidos a dedo como esse. Por isso, fique atento a distorções que podem vir à tona no próximo mês, quando a NOAA, a NASA e os cientistas do clima do Reino Unido e do Japão apresentarão o resultado final sobre as temperaturas em 2016.

    É por isso que você deve se preocupar com os fatos:

    À medida que os termômetros sobem em todo o mundo, eventos climáticos extremos, incluindo inundações, secas, tempestades e incêndios florestais devem se tornar cada vez mais comuns.

    No início deste mês, cientistas da NOAA, da Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA) e do Escritório de Meteorologia do Reino Unido publicaram uma análise de 30 eventos extremos ocorridos em 2015.

    Eles concluíram que 24 deles — incluindo incêndios no Alasca, ressacas marítimas no sul da Flórida e uma onda de calor recorde no oeste da China — estavam ligados à mudança climática.



    Este post foi traduzido do inglês.

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