O governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, renunciou ao cargo ontem (24) à noite depois duas semanas de protestos históricos que levaram às ruas milhares de porto-riquenhos.
Rosselló disse que deixará o cargo em 2 de agosto "para permitir uma transição ordenada", e será substituído pelo secretária de Justiça de Porto Rico, Wanda Vázquez.
O governador fez o anúncio perto da meia-noite de quarta-feira. Esperava-se que ele renunciasse às 17h, segundo um acordo com a Câmara dos Representantes de Porto Rico, mas ele permaneceu em silêncio por horas enquanto manifestantes se aglomeravam nas ruas de San Juan.
O anúncio da renúncia de Rosselló veio depois de quase duas semanas de crescente pressão de manifestantes e legisladores na ilha e em Washington, e depois de uma série de renúncias em seu gabinete e equipe.
Sua decisão foi tomada quando membros da Câmara de Representantes de Porto Rico, controlada pelo próprio partido de Rosselló, disseram que tinham votos suficientes para iniciar um processo de impeachment contra ele.
Na segunda-feira, enquanto centenas de milhares de porto-riquenhos participaram de um dos maiores protestos da história da ilha para pedir sua renúncia, Rosselló havia dito novamente que não renunciaria.
A pressão pela renúncia do governador começou depois que mais de 800 páginas de conversas vazadas entre Rosselló e seus conselheiros mais próximos foram publicadas pelo Centro de Jornalismo Investigativo em 13 de julho.
As mensagens mostravam Rosselló usando linguagem misógina, fazendo piadas homofóbicas, falando sobre usar recursos públicos para prejudicar adversários políticos e fazendo piadas sobre o grande número de mortes causadas pelo Furacão Maria.
O Furacão Maria devastou Porto Rico em setembro de 2017. A ilha, cujos moradores são cidadãos dos EUA, ainda não se recuperou totalmente.
Este post foi traduzido do inglês.