Testei o iPhone 7 e não ter a entrada de áudio não foi aquela tragédia

    Calma lá, pessoal.

    Na semana passada, a internet explodiu, furiosa e incrédula, quando a Apple apresentou o iPhone 7 e o 7 Plus sem entradas de fone de ouvido. Porém, como eu descobri testando o aparelho, um telefone é muito mais do que apenas suas entradas.

    Para esta análise, não dei muita atenção a coisas como “alumínio anodizado espelhado”. Porque closes em alta definição e demonstrações cuidadosamente coreografadas em um palco não são condições reais de uso, e eu estou muito mais preocupada com o iPhone no contexto dos momentos menos dignificantes da vida.

    Eu sou humana e escrevo com isso em mente.

    Um minuto de silêncio para a entrada de fone de ouvido.

    Sério, eu fiquei muito chateada. “NÃO OUSE FAZER ISSO, TIM!!!”, gritei com o meu computador quando houve a confirmação do fim da entrada de fone.

    A princípio, a perspectiva de um produto assim parecia um pouco... cruel — além de estranha. A maioria dos fones de ouvido de alta fidelidade usa a mesma entrada de 3,5 mm que é utilizada há cerca de 50 anos. É *meio que* a única tecnologia que nossos avós ainda compreendem!

    Mas, quando a Apple apresentou sua solução para o caso — EarPods que se conectam por meio do Lightning (o nome da única porta remanescente do iPhone) e um adaptador Lightning/conector de áudio para fones de ouvido com fio, ambos incluídos na caixa do celular —, eu larguei meu porrete.

    Os fones que se conectam à porta Lightning parecem idênticos aos EarPods que acompanham os iPhones desde 2012.

    O novo iPhone também não aliena aqueles que preferem fones de ouvido "clássicos", sem Bluetooth.

    Um grande ponto negativo? O telefone não pode ser carregado e estar com o fone plugado sem um acessório.

    Você precisará desembolsar uma graninha a mais pelo Lightning dock da Apple (US$ 49 nos EUA) ou pelo novo “RockStar” da Belkin (US$ 40), o que é meio que um golpe baixo, mas não é um problema muito significante quando você já está pagando mais de US$ 600 por um telefone.

    O novo sistema não será bom para todos.

    A questão aqui é 💸.

    Livrar-se da entrada mais onipresente na tecnologia de áudio faz com que os consumidores tenham de gastar mais dinheiro em adaptadores, acessórios e tecnologia Bluetooth a curto prazo, o que é muito chato. Porém, de acordo com a minha experiência até o momento, as repercussões são poucas e eu acho que todo mundo precisa se acalmar um pouquinho.

    A mudança, claro, teve os seus motivos. Como explicou John Paczkowski: a Apple precisava de mais espaço para os processadores e para a tecnologia da câmera no iPhone. E os fabricantes de smartphones Android também estão discretamente descontinuando a entrada de áudio, como vemos no Moto Z da Motorola, que usa uma entrada USB-C para os fones.

    A Apple geralmente acerta com relação a essas coisas. Há anos que não uso CDs ou, sei lá, um cabo ethernet, que não possuem mais suporte da Apple. Talvez eu também não sinta falta de puxar o emaranhado de fios do meu fone do bolso também.

    E esses AirPods?

    Para complementar o novo iPhone sem entrada de fone de ouvido, a Apple anunciou seus próprios fones sem fio, chamados AirPods, que são vendidos separadamente por US$159. Eu os experimentei e fiquei impressionada.

    A coisa mais surpreendente nos AirPods é o seu poder de inércia.

    O melhor recurso dos AirPod é que a mágica no exclusivo chip W1 da Apple emparelha o fone de ouvido com o iPhone instantaneamente.

    Você vai perdê-los? Talvez.

    De antemão, a Apple está vendendo um único lado do fone e cases de carregamento. Tive minha atenção redobrada para *não* deixá-los no bolso das calças para serem destruídos pela minha máquina de lavar.

    A água é amiga, não inimiga.

    A Apple finalmente acabou com as mortes prematuras de iPhones por queda acidental na privada ou escorregão na piscina. Ambos os dispositivos resistem a submersões de 1 metro e 30 minutos.

    Já consigo ouvir o “UHUUUUUUUUUUU”.

    Como alguém que já tentou ressuscitar celulares em banhos de arroz, fiquei *radiante* para testar isso.

    A câmera é um pouco melhor.

    Testar as novas câmeras foi difícil.

    Eu sabia que as lentes estavam cheias de novidades tecnológicas:

    * Elas podem captar mais cores do que as lentes RGB padrão e também são uns dos poucos dispositivos que conseguem exibir essas cores.

    * A câmera do FaceTime agora tem 7 megapixels, em vez de 5.

    * As lentes são compostas de *seis* elementos, em vez de *cinco*.

    * Suas lentes de abertura f/1.8 permitem a entrada de mais luz do que a f/2.2 do modelo anterior. Há um flash mais novo e brilhante.

    * O iPhone 7 agora possui estabilização óptica de imagens, como o 7 Plus, o que é crucial para tirar Live Photos *realmente* boas.

    Mas, quando fui comparar as imagens do 6s e do 7, foi *muito* difícil perceber alguma diferença a olho nu. A câmera do 6s é muito boa. Boa de verdade. Será que uma nova câmera, colocada naquele mesmo espacinho, pode ser tão melhor assim?

    Para perceber o que torna uma foto do iPhone 7 especial você precisa dar um zoom nos detalhes.

    Nicole Nguyen / BuzzFeed
    Nicole Nguyen / BuzzFeed
    Nicole Nguyen / BuzzFeed

    Veja:

    A qualidade real da imagem, assim como a câmera do 7, não possui nenhuma diferença drástica — mas sua capacidade de zoom é muito diferente.

    Nicole Nguyen / BuzzFeed
    Nicole Nguyen / BuzzFeed
    Nicole Nguyen / BuzzFeed

    As imagens do iPhone 7 Plus trazem mais detalhes.

    A câmera 7 Plus tem um zoom óptico de 2x e um zoom digital de 10x (contra 5x no 6 Plus).

    O 3D Touch é muito mais divertido no novo iPhone.

    Mas por que a nova cor preto brilhante?

    E algumas observações aleatórias.

    A Apple afirma que a bateria dura duas horas a mais do que a do 6s. Para o iPhone 7, ela dura de 12 horas (navegação contínua na web no 3G e LTE) a 40 horas de reprodução de áudio (sem fio). No 7 Plus, você tem 13 horas de uso de internet e até 60 horas de reprodução de áudio (sem fio).

    Eu usei o telefone no LTE, fiz streaming de música durante várias horas no Spotify, mantive o GPS ligado durante 1,5 hora para usar o Strava, assisti a um vídeo com áudio usando os novos alto-falantes estéreo e verifiquei incessantemente meu Facebook/Snapchat/Twitter. Nessas condições relativamente agressivas, após 15 horas eu ainda tinha 15% de bateria. O que mais me impressionou foi o tempo de recarga: O iPhone 7 foi de 9% a 96% em pouco mais de uma hora.

    Os alto-falantes estéreo são, como prometido, mais barulhentos do que antes. ( ͡° ͜ʖ ͡°)

    A tela é muito brilhante. Assistir a vídeos e ler textos sob a luz direta do sol não é tão difícil.

    Ele troca de aplicativos e carrega jogos rapidamente, assim como todos os novos telefones. Não tive tempo para testar profundamente o chip A10, então farei uma atualização sobre sua performance posteriormente.

    Então, você deve comprar esse telefone?

    Se você for um usuário leal do iOS e estiver precisando de um upgrade, não há duvidas: Compre esse telefone.

    Caso você esteja satisfeito com seu aparelho atual, espere até ele quebrar, de preferência no fundo de uma piscina — e então compre esse. Com o futuro lançamento dos novos telefones Nexus (também conhecidos como Surfista Prateado) do Google, espere alguns meses para trocar de aparelho. Talvez seja melhor esperar um pouco mais antes de comprar aquele Samsung.

    O preço do iPhone 7 é a partir de US$ 649 (nos EUA) e o do iPhone 7 Plus US$ 769. Ambos estão disponíveis nas cores prateado, ouro rosa, dourado, preto matte e preto brilhante e vêm com 32GB, 128GB e 256GB de armazenamento (chega de 16GB! Yay!), exceto o preto brilhante, que não está disponível na versão de 32GB. Ambos chegam nas lojas da Apple no dia 16 de setembro na maioria dos países, incluindo EUA, Reino Unido, Japão, China e Austrália. O iPhone será vendido em outros lugares, incluindo Rússia e Grécia, no dia 23 de setembro e na Índia em 7 de outubro.

    Você pode comprar os novos iPhones em pré-venda no site Apple.com

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