Vítimas de ataque químico na Síria apóiam bombardeio dos Estados Unidos

    "Espero que eles ataquem o palácio de Assad da próxima vez", afirmou uma das vítimas, que perdeu 22 familiares na terça-feira (4).

    TURQUIA — Vítimas do ataque químico na Síria que matou 72 pessoas, incluindo crianças, comemoraram a decisão dos Estados Unidos de lançar um ataque aéreo numa base militar síria. Foi o primeiro ataque americano no país desde que a guerra começou, há seis anos.


    Ahmad Rahil, uma das vítimas do ataque de terça-feira (4), não faz ideia de onde sua mulher e seus três filhos estão. Mas ele disse que as notícias sobre o ataque americano o encheram de esperança e energia.

    "Se eu encontrá-los vivos, vou me sentir mais seguro no meu país após o ataque americano contra o porco assassino Bashar al-Assad", disse Rahil, referindo-se ao ditador sírio que ordenou o ataque químico contra a população.

    Logo após o ataque na pequena cidade de Khan Sheikhoun, dezenas de vítimas foram levadas a um hospital na Turquia, onde têm recebido tratamento. Rahill afirma não se recordar o que aconteceu nos momentos antes do ataque de que foi vítima.

    O irmão de Rahill, Mohammed, disse que os corações de ambos foram "inundados de alegria" após saberem do ataque americano. "Esperamos que haja mais derrotas como esta a Assad, e que eles não parem até matar aquele criminoso", afirmou.

    Khalid al-Yusuf estava em casa quando ficou sabendo do ataque químico por meio das redes sociais. Ele tentou entrar em contato com familiares durante horas, até receber uma notícia terrível.

    "Eu descobri que 22 parentes meus morreram naquela manhã", ele disse. Cinco familiares seus estão no hospital na Turquia.

    Al-Yusuf disse que o ataque americano contra o regime sírio deu algum conforto a milhares de famílias sírias que perderam entes queridos.

    "Espero que eles ataquem o palácio de Assad da próxima vez", ele disse. "Esta seria minha maior alegria, depois de perder meus parentes e ser obrigado a viver longe da minha família."

    Mohammed Atwi, que vive na cidade alvo do ataque químico e acompanhou vítimas até o hospital, disse que o contra-ataque americano é uma boa notícia para os moradores, mas que não é suficiente para evitar a morte de mais sírios.

    "Nós gostaríamos que este ataque tivesse objetivos humanitários, não apenas atingir fins políticos e melhorar a imagem dos Estados Unidos", afirma.

    "Americanos deveriam saber que sírios estão morrendo não só por armas químicas", continuou. "Nossas crianças estão sendo despedaças todos os dias pelos bombardeios do regime."

    Este post foi traduzido do inglês.

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