Os manifestantes quebraram os pára-brisas de carros e vitrines enquanto enchiam as ruas de Portland, no estado americano do Oregon (oeste do país), na noite de quinta-feira. A polícia declarou que a manifestação se tornara um "motim"e passou a usar munição não letal para tentar dispersar a multidão.
À medida que a noite passava, a polícia anti-motim foi retratada extensivamente nas mídias sociais.
O canal local de notícias KOIN 6 livestreamed registrou a ação da tropa anti-motim passando a ocupar a região do incidente. Houve atos de violência. Manifestantes alegaram que a polícia estava usando balas de borracha contra a multidão. Sons de explosão podiam ser ouvidos no fundo de muitos vídeos.
Pelo Twitter, a polícia pediu a dispersão imediata da multidão.
Fotos registram o caos do protesto e um manifestante destruindo uma vidraça.
Neste vídeo, a ação da polícia para tentar dispersar a manifestação.
Em entrevista ao BuzzFeed News, um dos organizadores da manifestação comparou a eleição de Donald Trump à ascensão do nazismo.
Greg Clark, do autointitulado grupo anarquista Portland Anarchist Black Cross, disse que o protesto que ajudou a organizar foi contra Trump e também contra a postura do governo dos Estados Unidos sobre as mudanças no clima, violência policial e racismo.
Ele negou que seu grupo anarquista tenha participado de atos de vandalismo. "O que eu vi foi as pessoas agindo contra a escalada do fascismo e do capitalismo global", afirmou.
E terminou: "Nós não condenamos as ações dos manifestantes esta noite".
Foi a terceira noite consecutiva dos protestos pelo país desde a vitória de Donald Trump. O protesto de Portland começou por volta das 18h de quinta (hora local, 2h de sexta no horário de Brasília).
Algumas das ruas foram tomadas pelo caos.
À medida que a noite passava, a polícia de Portland advertia os manifestantes que o ato fora declarado ilegal e pedia que eles deixassem a área.
Policiais detiveram manifestantes durante toda a noite.
Primeiro, a polícia havia informado que 29 pessoas foram detidas. Depois, corrigiu o número para 26.
Houve registro de um manifestante com ferimento na cabeça, que estava sangrando.
Falando ao BuzzFeed News antes do início da dispersão da manifestação, Greg Clark afirmou que o ato era pacífico.
"Estamos protestando contra a ascensão da supremacia branca e do fascismo neste país, que ameaça as minorias e suas comunidades", disse Clark. "A violência em nome do Estado vai aumentar sob Trump e nós não podemos sobreviver a quatro anos dele na Casa Branca".
O organizador do protesto disse ao BuzzFeed News que votou no candidato anarquista Sean Swain.
A polícia afirmou que dispositivos incendiários e bastões foram encontrados com a multidão.
Um manifestante foi gravado pichando o símbolo anarquista em um prédio público.
Outro foi flagrado ateando fogo numa máquina de venda de jornais.
Vidros de muitos carros foram quebrados.
Este ponto de ônibus foi destruído.
Muitos espalhavam slogans contra Trump.
Como nessas pichações em um hotel da cidade.
Este post foi traduzido do inglês.