Estes são os maiores erros que as mulheres cometem com dinheiro

    "Mulheres são melhores investidoras — em casa e em fundos de investimento," diz Sallie Krawcheck, executiva de Wall Street que fundou a Ellevest, empresa de consultoria voltada para mulheres.

    Elas rolam a dívida do cartão de crédito em vez de pagá-la. Gastam boa parte do salário em vez de fazerem uma poupança. Não pesquisam investimentos ou buscam conselhos financeiros e têm medo de lidar com dinheiro.

    Esses são alguns dos erros que mulheres jovens — e outras pessoas, mas principalmente mulheres jovens — cometem com seu dinheiro, diz Sallie Krawcheck, executiva de longa data em Wall Street que agora administra sua própria empresa de consultoria financeira, a Ellevest.

    Krawcheck, que fundou a Ellevest em 2015, já havia trabalhado como diretora de negócios de gestão patrimonial da Merrill Lynch e do Citi. Ela também foi diretora financeira do Citi entre 2005 e 2007. E seu novo livro, "Own It: The Power of Women at Work", fala sobre como as mulheres podem superar obstáculos profissionais.

    Abaixo, alguns trechos de uma sessão de perguntas e respostas com Krawcheck, cuja empresa usa o slogan "Invista Como uma Mulher. Porque Dinheiro é Poder".

    Sobre cartões de crédito:

    Pague seus cartões de crédito todo mês. "Rolar" a dívida do cartão, ou empurrar os pagamentos de juros para o próximo mês, é uma das formas de dívida mais caras que você pode ter.

    Krawcheck diz que é "loucura" prorrogar qualquer dívida de um cartão de crédito levando em conta as taxas de juros altíssimas do mercado.

    "O problema para muitas mulheres é que elas tendem a ganhar menos do que os homens. Assim, mais do seu rendimento acaba sendo usado para os empréstimos que fez para cursar a faculdade – já que mulheres nos EUA são mais propensas a ir para a faculdade –, o que dificulta sua capacidade de cobrir outras despesas".

    Outro erro que as jovens tendem a cometer: gastar demais.

    "É um erro que muitos jovens cometem: gastam tudo o que ganham e acabam passando por dificuldades."

    Krawcheck recomenda que as pessoas gastem cerca de metade do seu salário em despesas incontornáveis — aluguel, supermercado, roupas para trabalhar —, 30% com outras despesas que queiram fazer e que destinem os outros 20% a uma poupança ou investimento. "Pessoas que seguem essas proporções têm muito menos chances de quebrarem," ela diz.

    As mulheres são, na verdade, boas investidoras, elas apenas não fazem isso com tanta frequência:

    Quando o assunto é dinheiro, mulheres tendem a se subestimar.

    "Mulheres são melhores investidoras — em casa e em fundos de investimento," diz Krawcheck. O que deixa os homens para trás, quando se trata de investimentos, é o excesso de autoconfiança. Segundo ela, a obsessão deles em vencer o mercado os leva a fazer muitas transações e acumular taxas que prejudicam seus lucros.

    "Eles se apaixonam muito rápido por investimentos que estão indo bem, pagam muito caro, vendem rápido demais quando estão perdendo, fazem transações em excesso," diz Krawchecks. "E a verdade é que mulheres não cometem esses erros. Todos esses erros costumam ser cometidos por homens — o maior erro que elas cometem é não investir."

    Krawcheck disse que muitas mulheres são perfeccionistas e acabam paralisadas com a quantidade de informações e de opções disponíveis para investimentos. Assim, elas acabam não investindo nada.

    Year after year, women trade better than men https://t.co/FfzwaRpaZw @cnbc

    Mulheres são ensinadas desde novas a não pensarem seriamente em dinheiro:

    "Ninguém fala sobre isso com a gente quando estamos crescendo", disse Krawchecks. "O pai conversa com o filho sobre dinheiro, mas as mulheres recebem a mensagem de que falar sobre isso é feio."

    Isso significa que economia e investimento são assuntos quase proibidos em conversas sociais. "Não permitem que as mulheres falem sobre dinheiro", diz. "Você pode fazer sexo no segundo, terceiro, ou quarto encontro, mas definitivamente não deve falar de dinheiro no segundo encontro."

    Isso também se reflete na indústria de consultoria financeira, composta quase que integralmente só por homens e voltada para atender ao público masculino.

    "Cerca de 80% dos consultores financeiros são homens de 60 anos e, em sua maioria, brancos. Eles vivem falando em vencer e superar o mercado," disse Krawcheck. "O símbolo deles é o touro, é fálico."

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    Este post foi traduzido do inglês.

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