Várias localidades do Chile declararam estado de emergência em resposta aos gigantes protestos antigoverno que começaram em oposição ao aumento de 4% nas tarifas do metrô.
A prefeita de Santiago, Karla Rubilar, afirmou na segunda-feira que 11 pessoas haviam morrido em resultado de violência ligada aos protestos ao longo do fim de semana.
As manifestações lideradas por estudantes começaram no início da última semana, quando as pessoas pularam sobre as catracas de bilhete do metrô em protesto contra o aumento de preços. Mas, na sexta-feira, a agitação havia se transformado em um movimento de protesto maior contra a desigualdade e o crescente custo de vida no Chile.
"Não é só pelos 30 pesos, é pelos 30 anos" era um dos cantos dos manifestantes, que faziam referência ao aumento das tarifas do metrô e à crescente desigualdade ao longo das últimas três décadas.
Três dias de manifestações violentas se seguiram em Santiago e em outras cidades, com incêndios em estações de metrô, bancos, supermercados e outros prédios. Muitas das mortes foram resultado de incêndios iniciados pelos manifestantes.
Nesse fim de semana, mais de 10 mil soldados se juntaram à polícia de Santiago — a primeira vez em que soldados foram acionados na capital desde que a ditadura militar do general Augusto Pinochet terminou, em 1990. Mais de 1.400 pessoas foram presas.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, um bilionário conservador, cancelou o aumento do bilhete do metrô no sábado, dizendo: "Ouvi a voz dos meus compatriotas com humildade". Mas, no domingo, ele fez um discurso televisionado da sede militar do país, expandindo o estado de emergência para outras partes do Chile além de Santiago, alegando: "Estamos em guerra contra um poderoso inimigo que está disposto a usar violência sem limites".
Este post foi traduzido do inglês.