Steve Bannon, o polêmico estrategista-chefe da Casa Branca, foi demitido nesta sexta (17) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Bannon é visto pela imprensa americana como o arquiteto da mensagem nacionalista que Trump adotou durante sua campanha, no ano passado — cujo slogan era "faça a América grande de novo".
"O chefe de gabinete John Kelly e Steve Bannon concordaram que hoje seria o último dia de Steve. Nós somos gratos pelo serviço que ele prestou e desejamos o melhor", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders.
A saída de Bannon ocorre após semanas de especulação. Ex-executivo do site de direita Breitbart, o agora ex-estrategista-chefe funcionava como um elo entre o governo Trump e a fração nacionalista que apóia o republicano.
Segundo a revista New York, Bannon vai voltar a trabalhar no Breitbart.
A derrocada de Bannon ocorre após uma semana tumultuada na Casa Branca, ocasionada pelas respostas que Trump deu à violência racista ocorrida em Charlottesville, na Virgínia.
No sábado, em sua primeira resposta ao caso, o presidente americano culpou "muitos lados" pela violência.
No domingo, Trump recuou e condenou os grupos neonazistas e supremacistas. Um dia depois, porém, o republicano voltou atrás e novamente condenou "ambos os lados" pela violência ocorrida na cidade.
Na quinta-feira (16), Trump foi questionado sobre a estabilidade de Bannon na Casa Branca, e o presidente aproveitou para defender o subordinado.
"Ele não é racista. Posso te dizer isso. Ele é uma boa pessoa. Na verdade, ele recebe uma cobertura [da imprensa] muito ruim nesse sentido", disse Trump.
Este post foi traduzido do inglês.