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Ela denunciou o diretor de sua escola por assédio sexual. E então a queimaram viva

O depoimento havia sido filmado pela polícia, sem o consentimento da jovem, e mais tarde acabou vazando.

Uma jovem de Bangladesh que havia denunciado assédio sexual morreu depois de ter seu corpo incendiado.

Nusrat Jahan Rafi, uma estudante de uma escola islâmica no distrito de Feni, foi à polícia em 27 de março para apresentar um denúncia contra o diretor da escola por supostamente assediá-la sexualmente.

Nusrat disse que o diretor, Maulana Siraj Ud Doula, a chamou para sua sala e a tocou várias vezes de forma inadequada.

Ela também disse que havia sido repetidamente assediada sexualmente por Ud Doula, mas quando falou sobre isso com seus professores a orientaram a ficar quieta.

Seu depoimento foi filmado sem seu consentimento por um policial, que mais tarde postou o vídeo nas redes sociais, o que é ilegal, informou o Daily Star.

No vídeo, que mais tarde vazou para a mídia local, Nusrat pode ser vista chorando, visivelmente angustiada e tentando esconder o rosto com as mãos.

Pode-se ouvir o policial dizer que "não foi nada de mais" e falando para ela "tirar as mãos do rosto e parar de chorar".

Depois que ela fez a denúncia, Ud Doula foi preso, mas Nusrat e sua família começaram a receber ameaças de morte .

Estudantes homens também organizaram protestos para exigir a libertação de Ud Doula, de acordo com a BBC.

Em 6 de abril, Nusrat foi levada ao teto de um prédio de escola, onde pelo menos quatro pessoas não identificadas jogaram querosene nela e atearam fogo.

Segundo a polícia, os agressores, que estavam vestidos de burca e escondiam a maior de seus rostos, tentaram pressionar Nusrat a retirar sua queixa contra Ud Doula e a incendiaram porque ela se recusou.

Depois que os agressores fugiram, Nusrat correu pela escada gritando por ajuda com o corpo inteiro em chamas, disse seu irmão mais velho ao Daily Star.

Ela foi levada a um hospital local, e em seguida transferida para o Hospital da Faculdade de Medicina de Daca depois que os médicos descobriram que ela havia sofrido queimaduras em 80% do corpo.

Em 10 de abril, Nusrat morreu.

Parentes passaram mal quando seu corpo foi levado para a casa da família. Seus dois irmãos desmaiaram.

A história de Nusrat provocou indignação em todo o país e milhares de pessoas compareceram ao seu funeral.

Nusrat Jahan Rafi who died after being set on fire was laid to eternal rest at her village home in Feni district of #Bangladesh . She was buried at their family graveyard following a namaz-e-janaza at Mohammad Saber Pilot High School ground around 5:50pm. #justicefornusrat

As pessoas também protestaram exigindo justiça.

No woman should have to face what this brave girl has faced. Please make our educational institutions safe for girls. #justicefornusrat https://t.co/36ftvAP2LF

A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina Wazed, prometeu levar à Justiça todas as pessoas envolvidas no assassinato.

“Nusrat’s killers won’t be spared. I personally believe they would have to face exemplary punishment so that none can dare to commit such heinous crimes in future,” --- #SheikhHasina #SheikhHasinaQuotes #Bangladesh #JusticeForNusrat

Desde a segunda-feira, a polícia deteve 14 pessoas ligadas ao assassinato.

A polícia disse que os quatro agressores, incluindo uma mulher, já foram estudantes da escola.

Os dois principais suspeitos confessaram no domingo que planejaram o assassinato com cinco outros estudantes, depois de visitar Ud Doula na cadeia.

Os dois também foram responsáveis ​​por organizar os protestos que exigiam a libertação de Ud Doula, de acordo com o Daily Star.

Um terceiro estudante confessou seu envolvimento na quinta-feira, dizendo que o assassinato havia sido realizado sob a orientação de Ud Doula, que supostamente deu-lhes instruções da prisão.

Este post foi traduzido do inglês.

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