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Ele foi morar na república de sua filha. E depois deu início a um culto sexual com as colegas dela.

A acusação é de abuso sexual, físico e psicológico das vítimas. Tudo teria ocorrido na república, que fica dentro do campus da faculdade.

O pai de uma ex-aluna de uma faculdade de Nova York (EUA) foi acusado de usar as colegas da filha para tráfico sexual, de acordo com indiciamento federal publicado nessa terça-feira (11).

A alegação é que Lawrence Ray, também conhecido como Lawrence Grecco, abusou fisicamente, sexualmente e psicologicamente de suas vítimas, a partir de 2010, quando ele se mudou para o apartamento da filha no campus do Sarah Lawrence College, em Yonkers, Nova York, depois de sair da prisão.

O homem de 60 anos enfrenta uma série de acusações, incluindo extorsão, tráfico sexual, trabalho forçado e lavagem de dinheiro.

Ele foi preso na terça-feira em sua casa, em Piscataway, Nova Jersey, disse um porta-voz da Procuradoria Federal dos EUA ao BuzzFeed News.

A história do suposto culto com tráfico sexual de Ray foi assunto de um artigo da Nova York Magazine, em 2019, sob o título "The Stolen Kids of Sarah Lawrence" (As Crianças Roubadas de Sarah Lawrence).

Em um pronunciamento realizado na terça-feira, diretores do Sarah Lawrence College disseram que realizaram investigações quanto às alegações feitas no artigo de 2019, mas que "a investigação não encontrou evidências".

Funcionários da faculdade disseram que não chegaram a ser contactados por investigadores a respeito dessas acusações até esta terça-feira.

"Como sempre, a segurança e o bem-estar de nossos estudantes e ex-alunos é prioridade da nossa instituição", dizia o pronunciamento. "Ainda não fomos contactados para ajudar nas investigações, mas faremos o que estiver ao nosso alcance para cooperar com o que for possível, e até onde a lei permitir, se formos convidados a fazê-lo."

De acordo com o indiciamento federal, Ray se apresentava como uma figura paterna e doutrinava suas vítimas sob o pretexto de "sessões de terapia," por meio das quais ele manipulava as vítimas para que compartilhassem detalhes íntimos sobre si e as isolava de seus pais.

Entre os abusos, o indiciamento diz que Ray fazia acusações falsas contra as estudantes, como roubo, mentira, danos à sua propriedade. Quando elas negavam as acusações, ele as interrogava por horas.

Usando táticas como privação do sono, humilhação psicológica e sexual e abuso físico, Ray chegou a fazer com que ao menos sete delas confessassem essas acusações, segundo o indiciamento.

Depois de fazer as garotas confessarem os crimes que não cometeram, segundo as alegações, Ray as extorquia por dinheiro e trabalhos forçados.

Em ao menos um caso, Ray coagiu uma das estudantes a se envolver repetidamente em trabalhos sexuais para ganhar dinheiro para ele, de acordo com o indiciamento.

Antes de se tornar o líder desse culto, Ray era visto entre círculos de pessoas influentes. Ele trabalhava em Wall Street, apesar de não ter um diploma universitário, e foi sócio de uma casa noturna em Nova Jersey.

Este post foi traduzido do inglês.

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