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Seus amigos o presentearam com um passeio em um caça. Ele acabou se ejetando em pleno voo.

Um relatório detalha a comédia de erros que levou um homem aterrorizado de 64 anos a ser lançado no ar.

O gerente de 64 anos de uma fabricante de equipamentos de defesa francesa não tinha experiência de voo num caça – nem nunca tinha manifestado qualquer desejo de ter alguma experiência desse tipo na vida.

Mas, quando os seus colegas o surpreenderam com o presente de ser um passageiro num voo de um jato militar, sentiu que não podia dizer não. Eles tinham obtido uma aprovação ministerial especial. Ele não quis ser indelicado.

Mas estava aterrorizado.

O presente foi-lhe revelado naquela mesma manhã. Ele teve apenas horas para se preparar mentalmente.

Um médico fez um exame, que deveria ter sido feito 10 dias antes, apenas quatro horas antes da decolagem.

O homem ouviu, estressado e confuso, uma instrução de segurança em que lhe explicaram sobre o funcionamento do seu assento ejetável.

Seu coração estava acelerado quando entrou no cockpit. Seu smartwatch registou de 136 a 142 batimentos por minuto.

Ele estava tão nervoso que não verificou devidamente o seu equipamento de segurança.

Então, em pouco tempo estava decolando – tendo por um militar veterano francês com experiência de mais de 2.000 horas de tempo de voo.

Enquanto o piloto nivelava e o avião era submetido a um fator de carga gravitacional negativo, o que pode criar a sensação de estar de cabeça para baixo, o passageiro encontrou algo para se segurar, mas inadvertidamente agarrou a alavanca ejetora.

Ele foi, claro, lançado ao ar.

De alguma forma, ele sobreviveu.

Estas são as conclusões de um relatório do governo francês liberado na semana passada catalogando a comédia de erros que levaram ao incidente em 20 de março de 2019.

O jato Dassault Rafale B tinha decolado de uma base aérea em Saint-Dizier, no leste da França, como um dos três jatos que participavam de um exercício de treinamento.

Os colegas do homem tinham obtido a aprovação do ministério para ele ser levado no passeio. Os investigadores disseram que ele sentiu uma enorme "pressão social" para aceitar o presente surpresa.

Mas, apesar de sua inexperiência e estresse, o passageiro foi o principal responsável em se manter seguro no cockpit.

Isso significou que, quando decolaram, seu capacete não estava devidamente preso, então ele saiu voando no meio do ar quando o homem foi ejetado.

Os investigadores descobriram que nem o passageiro nem o piloto sabiam que o médico que examinou o homem recomendou que ele não fosse sujeito ao fator de carga negativo.

Eles acreditam que ele puxou a alavanca em um reflexo involuntário.

"Descobrindo a sensação do fator de carga negativo, o passageiro preso de maneira insuficiente e totalmente surpreso se segurou no ejetor e o ativou sem querer", escreveram os investigadores.

O paraquedas do homem foi acionado e ele pousou em um campo, sofrendo pequenos ferimentos que exigiram que fosse levado ao hospital.

Apesar de o jato normalmente ejetar tanto o passageiro como o piloto quando um deles puxa a alavanca ejetora, o mecanismo falhou e somente o passageiro saiu voando.

Isso significa que o piloto permaneceu no cockpit e acabou conseguindo aterrizar o avião em segurança na base aérea.

Apesar das muitas constatações de falhas técnicas e processuais do relatório, a primeira coisa que os investigadores destacaram como causa do incidente foi o estresse e a surpresa que o homem sentiu, graças aos seus colegas bem-intencionados, mas imprudentes.

"Essa situação gerou um sentimento de stress para o passageiro", escreveram os investigadores, "que foi particularmente sentido durante a instrução sobre o assento ejetável, na qual teve de absorver uma grande quantidade de informação, num período de tempo muito curto".

Este post foi traduzido do inglês.

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