Donald Faison e Zach Braff estão acostumados a fingir que são médicos, mas os astros de "Scrubs" dizem que não conseguem compreender como é ser um profissional da saúde neste momento, durante o surto do coronavírus.
"Ser um médico de mentira já foi avassalador para mim, então não consigo imaginar como é estar na linha de frente nesse momento", Faison disse ao AM to DM, o programa do Twitter do BuzzFeed News.
Braff e Faison estrelaram a sitcom médica de 2001 a 2010 como Dr. John Michael "J.D." Dorian e Dr. Christopher Turk, respectivamente. Os atores, que são melhores amigos na vida real, agora apresentam um podcast recapitulando a série, "Fake Doctors, Real Friends", mas isso tem sido um desafio durante a quarentena.
"Nós estávamos prestes a entrar em estúdio para gravar o primeiro antes de toda essa insanidade acontecer", disse Braff. "Depois começamos a pensar em como vamos fazer isso remotamente."
Um Braff frustrado contou que está sofrendo durante a quarentena porque gostaria de poder ajudar a lidar com os efeitos do vírus mais ativamente, como auxiliando na construção do hospital de campanha do Central Park, na cidade de Nova York.
"Gostaria de poder estar lá, ajudando a montar e fazendo alguma coisa", ele disse, "mas entendo que o que eu preciso fazer é ficar em casa."
Ele e sua namorada, Florence Pugh, estrela de "Adoráveis Mulheres" e "Midsommar", estão abrigando um cachorrinho durante a quarentena, enquanto Faison está dedicando sua atenção a seus dois filhos mais novos, de 4 e 6 anos.
"Eles estão com saudades da escola. Eu nunca na minha vida falei 'Estou com saudades da escola e dos meus amigos'", ele disse. "Eles realmente estão com saudades dos amigos e da escola e da interação com outras crianças, porque estamos em quarentena e eles só veem um ao outro."
Ambos os atores disseram esperar que as pessoas que assistem a "Scrubs" pensem nos profissionais da saúde do mundo real, que estão sacrificando sua saúde e sua segurança.
"Nós fizemos essa série de drama/comédia durante nove anos, e a ideia era mostrar a vida dessas pessoas, como é difícil, e o amor e a dedicação que elas devotam", disse Braff. "Então, agora mais do que nunca, nós celebramos a elas e a seu heroísmo."
"São heróis de outro nível", acrescentou Faison. "Por um bom tempo, nós idolatramos super-heróis que usavam capas e grandes emblemas no peito. Há muito não damos aos profissionais da saúde o crédito que eles merecem, e é triste que tenha sido necessário um vírus para reconhecermos isso."
Este post foi traduzido do inglês.