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O diretor de "Coringa" disse que não faria "Se Beber, Não Case!" hoje por causa da cultura "woke"

O diretor da trilogia Se Beber, Não Case! disse que, hoje em dia, as estrelas não querem ofender as pessoas.

Até este ano, Todd Phillips era mais conhecido por dirigir comédias voltadas ao público masculino, mas diz que decidiu entrar no drama e fazer a história da origem do vilão de Batman, o Coringa, porque acha difícil ser engraçado em dias de "cultura woke" — em que as pessoas se declaram "despertas" para problemas sociais como o racismo e as desigualdades.

Em um perfil do Coringa estrelado por Joaquin Phoenix, publicado na terça-feira na Vanity Fair, o diretor de Dias Incríveis, Caindo na Estrada e da trilogia Se Beber, Não Case! disse que agora está atento ao que a revista chamou de "bro humor".

"Tente ser engraçado hoje em dia com esta cultura 'woke'", disse Phillips. "Tem artigos sobre por que que as comédias já não funcionam mais — eu lhes digo por quê, porque todos os caras engraçados estão tipo, 'Foda-se essa merda, porque eu não quero ofender você'."

"É difícil discutir com 30 milhões de pessoas no Twitter. Você simplesmente não pode fazer isso, certo?" ele acrescentou. "Então você simplesmente diz, 'Estou fora'."

Phillips disse que a ideia de Coringa — uma história de origem de um anti-herói dos quadrinhos, ambientada numa Gotham escura e sombria dos anos 70 — resultou de um desejo de querer permanecer irreverente, mas não engraçado.

"Com todas as minhas comédias — acho que o que todas as comédias em geral têm em comum — é que são irreverentes", disse ele. "Então eu disse, 'como faço algo irreverente sem dar a mínima para a comédia? Ah, já sei, vamos pegar o universo cinematográfico das histórias em quadrinhos e virá-lo de cabeça para baixo com isso'. E foi realmente daí que a ideia surgiu."

A entrevista de terça-feira na Vanity Fair marcou a segunda vez em uma semana que Phillips criticou a política de esquerda enquanto divulgava seu filme.

Respondendo às críticas de que o filme promove uma história simpática à violência masculina, bem como preocupações de que ela será defendida pelos chamados "incels" (ou seja, misóginos "celibatários involuntários" que culpam as mulheres por não quererem sexo com eles), Phillips jogou a culpa sobre a controvérsia em torno do filme na "extrema-esquerda".

"O que é notável para mim neste discurso sobre o filme é a facilidade com que a extrema-esquerda pode soar como a extrema-direita quando isso se adequa aos seus interesses. Isso realmente abriu meus olhos", ele disse ao Wrap.

As salas de cinema estão proibindo máscaras, fantasias e caras pintadas nas exibições de Coringa, e a polícia de Los Angeles disse que aumentará sua presença nos cinemas durante as exibições citando "preocupações públicas e a significância histórica da estreia de Coringa." (O ataque de um atirador em massa em uma exibição do filme Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge em Aurora, Colorado, em 2012, matou 12 pessoas.)

Joaquin Phoenix disse à Vanity Fair que estava à par das preocupações com a violência dos imitadores, mas esperava que as pessoas se lembrassem que o filme era ficção.

"Estamos fazendo um filme sobre um personagem fictício, em um mundo fictício, e, no final das contas, a esperança é que as pessoas o aceitem pelo que é", disse ele. "Você não pode culpar os filmes por um mundo que está tão fodido que qualquer coisa pode detoná-lo. É disso que se trata o filme. Não é um apelo à ação. Antes de mais nada, é um chamado à autorreflexão para a sociedade."

Este post foi traduzido do inglês.

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