Já faz um mês desde que Kim Kardashian parou de postar em suas redes sociais.
E, a cada dia que passa, aumenta o risco de a socialite — que usou os perfis na internet para construir sua carreira — perder dinheiro com o silêncio, mantido desde que ela foi assaltada em Paris, no mês passado.
Quanto mais tempo a estrela de TV se mantém offline, menos impacto ela provoca nos usuários das redes sociais, o que já começa a interferir negativamente em seus negócios ligados à internet, que movimentam milhões de dólares.
O jogo online, o aplicativo de lifestyle e os contratos de publicidade de Kim Kardashian estão ligados diretamente a uma torrente contínua de conteúdo, empreitadas cujo sucesso ela já atribuiu inteiramente às redes sociais.
A marca Kim Kardashian gerou 156 tuítes, 80 posts de Facebook, 47 fotos no Instagram e incontáveis publicações no Snapchat — apenas em setembro. Mas esse nível de exposição não acontece sem sacrifício.
"Há algumas armadilhas, como a perda de privacidade, e isso não é para todo mundo", disse a socialite, recentemente, durante entrevista exclusiva a um programa de TV americano. "Eu consigo suportar."
Apesar de a assessoria dela não ter respondido a um pedido de entrevista, o silêncio de um mês — sem precedentes na carreira — indica que Kim provavelmente está reavaliando a maneira com que lida com redes sociais.
Desde o assalto em 3 de outubro, no qual ela foi amarrada e esteve sob a mira de uma arma enquanto ladrões levavam cerca de US$ 10 milhões em jóias, Kim Kardashian não aparece em seus canais.
Na última terça-feira (1º), três posts que parecem ter sido agendados foram publicados nas contas da socialite — uma das postagens promovia uma capinha de celular —, mas acabaram rapidamente retirados do ar.
Mike Heller, presidente da Talent Resources — empresa que administra carreiras de celebridades —, diz que apesar de consumidores serem treinados a esperar, seja pela próxima temporada de uma séria ou por um filme a ser lançado, a paciência deles tem limite.
Sem conteúdo novo em seu aplicativo oficial, cuja assinatura custa US$ 2,99 por mês, a receita caiu significativamente, o que fez o app despencar para a 1.062ª posição no ranking dos mais lucrativos, de acordo com o site APPLyzer.com.
"Se ela continuar ausente, poderia haver algum efeito em sua marca, mas tenho certeza de que já estão traçando uma estratégia para trazê-la de volta às redes sociais", afirmou Heller.
Um único post de Kim Kardashian custa entre US$ 250 mil e US$ 500 mil. Mas as marcas costumam ser relutantes em se associarem com celebridades que não têm estatísticas sobre suas redes em relação a, pelo menos, o mês anterior, mesmo que elas sejam as pessoas mais famosas do mundo, de acordo com analistas de mercado.
"Eu tenho certeza de que todo mundo deu um espaço para ela ficar sem postar nas redes sociais", disse Frank Spadafora, presidente da D'Marie, empresa especializada em análise de mercado fashion. "Mas quando você fica ausente mais de 30 dias, fica difícil fazer uma análise em cima dos dados disponíveis, o que pode afastar possíveis anunciantes."
Dado que as irmãs de Kim ainda mantêm presença constante nas redes sociais, anunciantes poderiam escolhê-las em vez da irmã do meio, já que elas não pararam de postar nas redes sociais, opina Spadafora.
Mas não pense que Kim está fora de jogo. Apesar de sua ausência nos últimos tempos, a socialite tem ganho em média 84.894 seguidores somando suas principais plataformas — Facebook, Twitter e Instagram —, de acordo com o executivo. Ela aparece na 4ª colocação da lista de pessoas mais influentes das redes sociais, feita pela D'Marie.
"Eu acho que o assalto fez aumentar o interesse das pessoas na vida dela", particularmente no Facebook, acrescenta Spadafora. "A máquina ainda está funcionando, mesmo que ela não produza conteúdo novo, o que é interessante."
Com a expectativa de que a socialite volte às redes em grande estilo, o executivo alerta os fãs de Kim que ela não deve manter o perfil de superexposição que tinha antes.
O acesso à glamorosa vida de Kim Kardashian, que a socialite ofereceu a seus seguidores por meio das redes sociais, foi o responsável por fazer a socialite se tornar tão interessante para anunciantes e fãs. Mas esse tipo de postagem foi exatamente o que a polícia francesa diz ter transformado Kim em alvo de criminosos, e provavelmente ela vai baixar o tom.
"Eu acho que a Kim voltará com uma 'marca' diferente", diz Spadafora. "Definitivamente não voltará com o tipo de conteúdo super específico sobre onde ela esteve e o que esteve vestindo. Acho que vamos presenciar uma mudança no conteúdo dela."