O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira (15) que os Estados Unidos irão responder à tentativa do governo russo de influenciar as eleições no país, ao hackear os servidores do Partido Democrata.
"Não há dúvida de que quando um governo estrangeiro tenta comprometer a integridade das nossas eleições é necessário tomar medidas, e nós iremos — no tempo e nas condições que escolhermos", disse Obama à rádio NPR. "Parte disso [da resposta aos ataques] pode ser explícita e pública, parte não."
Mais cedo, também na quinta, o governo americano disse que o ataque cibernético aos servidores do Partido Democrata deve ter ocorrido com a anuência do presidente russo, Vladimir Putin.
O conselheiro-adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, confirmou à rede de TV NBC que as agências de inteligência americanas concluíram que o ataque partiu do governo da Rússia. Ainda segundo ele, ataques a organizações políticas americanas só aconteceriam com a aprovação do "mais alto nível" do governo russo.
O comentário ocorreu após a NBC revelar, na quarta-feira (14), que Putin estava pessoalmente envolvido na operação. Um porta-voz do Kremlin disse à agência de notícias Associated Press que a reportagem é um "nonsense risível".
O presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, negou repetidas vezes que a Rússia tenha interferido nas eleições a favor dele, e levantou questionamentos sobre como o governo Obama está tratando a questão.
Na manhã desta sexta (16), Trump tuitou sobre o assunto, ao comentar que os emails divulgados pelo site WikiLeaks — frutos do ataque cibernético russo — revelaram que a então presidente do Comitê Democrata, Donna Brazile, beneficiou Hillary Clinton em detrimento de Bernie Sanders, durante as primárias.
Este post foi traduzido do inglês.