Uma passageira a bordo de um voo nos EUA ajudou a polícia a evitar o estupro de duas crianças após ver que o homem sentado à sua frente trocava mensagens de texto suspeitas no celular.
A mulher, que é professora de uma pré-escola em Seattle, estava em um voo da Southwest Airlines de Seattle para San Jose, na última segunda-feira (21), quando percebeu que outro passageiro estava trocando mensagens no smartphone sobre estupro e abuso sexual de crianças, disse a polícia.
Graças ao tamanho da fonte usada pelo homem e à tela de grandes dimensões do celular, ela pôde ler e tirar fotos das mensagens em questão e alertar a tripulação do voo. Ao pousar, um comissário notificou a polícia de San Jose.
"A fonte era grande o suficiente para ler algumas palavras e perceber que tinha algo sério ali," disse o detetive de crimes sexuais Nick Jourdenais ao Mercury News. "Então a troca de mensagens passou para as crianças. Foi nesse momento que ela decidiu fazer as fotos."
A polícia, junto com agentes do FBI, detiveram o passageiro Michael Kellar, 56, no próprio aeroporto. Com os dados e as evidências no celular de Kellar, as autoridades puderam localizar a casa da mulher com quem ele trocava mensagens em Tacoma, no Estado americano de Washington, cidade onde o suspeito também mora.
Os investigadores disseram que a mulher, Gail Burnworth, 50, seria a encarregada de encontrar duas crianças – de 5 e 7 anos – para serem estupradas por Kellar.
De acordo com a polícia, Burnworth trabalhava como babá, e era assim que ela e Kellar tinham acesso a crianças. As autoridades não divulgaram qual era a relação entre as crianças e os suspeitos ou como os dois adultos se conheceram.
Kellar foi encaminhado para a prisão do condado de Santa Clara e ficará detido sem direito à fiança. Ele foi acusado de tentativa de estupro de crianças e solicitação de crime sexual. Burnworth foi levada para a prisão do condado de Pierce, em Washington, e acusada de exploração sexual de menores, estupro de criança e divulgação de material envolvendo menores em conduta sexual explícita.
A polícia considera a professora uma heroína. "É uma coisa impressionante," disse Jourdenais. "Ela entra em um avião, uma cidadã comum, cuidando da própria vida. Algumas horas depois, ela impede um dos acontecimento mais traumáticos que uma criança poderia passar. Isso salvou a vida delas."
Este post foi traduzido do inglês.