• newsbr badge

Simone Biles diz que foi abusada sexualmente por médico da Federação de Ginástica dos Estados Unidos

Mais de 130 mulheres, incluindo outras quatro medalhistas de ouro da ginástica, fizeram acusações semelhantes contra Larry Nassar.

Simone Biles, a ginasta americana que ganhou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de 2016, disse na segunda-feira que foi abusada sexualmente pelo ex-médico da Federação de Ginástica dos Estados Unidos, Larry Nassar.

Mais de 130 mulheres acusaram Nassar de abuso durante seus 29 anos como médico para a Federação de Ginástica dos Estados Unidos e para a Universidade Estadual de Michigan. Ele foi condenado no mês passado a 60 anos de prisão por acusações federais de pornografia infantil.

Com uma imagem publicada no Twitter, Biles escreveu: "Eu também sou uma das muitas sobreviventes que foram abusadas sexualmente por Larry Nassar".

"Esse comportamento é completamente inaceitável, repugnante e abusivo, especialmente vindo de alguém que ME DISSERAM para confiar."

Os advogados de Nassar ainda não quiseram comentar.

Biles disse que sofreu muito porque se culpava pelo abuso, mas percebeu que não era culpa dela. Ela incluiu a hashtag #MeToo no seu tuíte, indicando solidariedade com as mulheres de todo o mundo que, depois da onda de acusações contra produtor hollywoodiano Harvey Weinstein, compartilharam histórias de agressão sexual, abuso e comportamento inapropriado.

Aly Raisman, medalhista de ouro e companheira de equipe de Biles, Gabby Douglas e McKayla Maroney, também medalhistas de ouro, disseram que Nassar abusou sexualmente delas. Maroney disse que o abuso começou aos 13 anos e continuou até ela se aposentar.

A Federação de Ginástica dos Estados Unidos demitiu o médico em 2015, ano em que uma importante ginasta universitária e sua treinadora denunciaram Nassar. Ele era muito respeitado em sua profissão e tinha administrado as equipes de ginástica dos EUA em quatro Olimpíadas. O chefe da Federação de Ginástica dos Estados Unidos renunciou quando o escândalo veio à tona.

A Federação de Ginástica dos Estados Unidos e a Universidade Estadual de Michigan, onde Nassar também trabalhou, estão enfrentando processos civis e federais.

Nassar se declarou culpado em novembro de 2017 por 10 acusações de conduta sexual criminosa de primeiro grau, admitindo ter colocado o dedo na vagina e no ânus de algumas pacientes desde 1998.

O procurador-geral de Michigan reservou vários dias desta semana para ler declarações de ao menos 88 vítimas sobre como o abuso de Nassar as afetou, de acordo com o Lansing State Journal, de Michigan.

Em novembro, Nassar se declarou culpado de múltiplas acusações de agressão sexual e pediu desculpas para suas vítimas no tribunal.

"Para todos os envolvidos, sinto muito que isso tenha sido como um fósforo que se transformou em um incêndio florestal fora de controle", ele disse. "Rezo o rosário todos os dias por perdão. Quero que elas se curem. Quero que a comunidade se cure."

Este post foi traduzido do inglês.

Utilizamos cookies, próprios e de terceiros, que o reconhecem e identificam como um usuário único, para garantir a melhor experiência de navegação, personalizar conteúdo e anúncios, e melhorar o desempenho do nosso site e serviços. Esses Cookies nos permitem coletar alguns dados pessoais sobre você, como sua ID exclusiva atribuída ao seu dispositivo, endereço de IP, tipo de dispositivo e navegador, conteúdos visualizados ou outras ações realizadas usando nossos serviços, país e idioma selecionados, entre outros. Para saber mais sobre nossa política de cookies, acesse link.

Caso não concorde com o uso cookies dessa forma, você deverá ajustar as configurações de seu navegador ou deixar de acessar o nosso site e serviços. Ao continuar com a navegação em nosso site, você aceita o uso de cookies.