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Aos 95, ex-guarda de prisão nazista é enviado de volta à Alemanha após décadas nos EUA

"Jakiw Palij mentiu sobre seu passado nazista para imigrar para este país e depois tornar-se, de forma fraudulenta, um cidadão americano. Ele não tinha direito à cidadania ou mesmo a estar aqui", disse o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, em comunicado à imprensa.

Um ex-guarda de um campo de concentração nazista na Polônia, que passou décadas morando em Nova York e se tornou cidadão americano, foi recentemente enviado de volta à Alemanha, aos 95 anos.

Jakiw Palij foi levado de sua casa no Queens em uma cadeira de rodas por agentes da Imigração e Alfândega dos EUA. Durante anos, as autoridades americanas tentaram enviá-lo de volta à Alemanha. Palij atuou como guarda prisional no campo de concentração de Trawniki, na Polônia ocupada pelos nazistas, em 1943.

"Jakiw Palij mentiu sobre seu passado nazista para imigrar para este país e depois tornar-se, de forma fraudulenta, um cidadão americano. Ele não tinha direito à cidadania ou mesmo a estar aqui", disse o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, em comunicado à imprensa.

"Os Estados Unidos nunca serão um porto seguro para aqueles que participaram de atrocidades, crimes de guerra e abusos dos direitos humanos", disse Sessions.

Palij veio para os EUA em 1949 alegando que tinha passado os anos da guerra trabalhando na fazenda de seu pai e em uma fábrica na Alemanha.

Em 2002, o Gabinete do Procurador dos EUA do Distrito Leste de Nova York apresentou uma queixa para retirar a cidadania americana de Palij. Sua cidadania foi revogada em 2003 e um tribunal de imigração no Brooklyn ordenou que ele fosse deportado em 2004. Em 2005, Palij perdeu seu pedido de apelação.

Ainda assim, Palij continuou morando em sua casa em Jackson Heights, com protestos sendo realizados com frequência do lado de fora, porque nem Alemanha, Polônia, Ucrânia ou qualquer outro país concordaram em recebê-lo, apesar da pressão constante dos EUA.

Richard Grenell, embaixador dos EUA na Alemanha, disse em uma teleconferência com jornalistas que as autoridades locais finalmente tinham concordado que Palij fosse enviado para lá. "Eles viram isso como uma obrigação moral, não tanto uma obrigação legal", disse Grenell.

Palij não é cidadão alemão e dificilmente enfrentará acusações na Alemanha por seus crimes de guerra.

Ele trabalhou em Trawniki, campo de concentração onde cerca de 6 mil homens, mulheres e crianças judeus foram mortos a tiros em 3 de novembro de 1943, quando o campo foi fechado. Somente duas pessoas sobreviveram. Palij não fez parte do massacre em si, mas impediu os detentos de fugirem, assegurando suas mortes mais tarde.

Palij negou ter responsabilidade pelo que aconteceu, argumentando que ocupantes nazistas o forçaram a trabalhar lá.

Os criminosos de guerra nazistas não podem ser processados sob a Lei de Crimes de Guerra nos EUA, já que ela não existia quando os crimes foram cometidos, os crimes ocorreram no exterior quando o criminoso não era cidadão americano e os crimes não foram cometidos contra cidadãos americanos.


Este post foi traduzido do inglês.

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