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Liam Neeson disse que sentiu o "impulso primitivo" de ferir homens negros

"Em algumas noites eu fui deliberadamente para bairros de negros procurando uma oportunidade de extravasar a violência física."

O ator Liam Neeson disse que sentiu um "impulso primitivo" de se vingar de homens negros depois que uma amiga foi estuprada há 40 anos, mas que, com a ajuda de um padre e de exercícios, superou essa fase em sua vida.

Neeson apareceu ontem no programa Good Morning America para falar sobre a entrevista publicada na segunda-feira pelo Independent em que ele revelou que saía em busca de homens negros para matar.

"Eu nunca tive esse sentimento antes, foi um impulso primitivo de atacar", disse ele na terça-feira. "Foi um ódio primitivo."

Neeson disse à apresentadora do GMA, Robin Roberts, que uma amiga próxima, que morreu há cinco anos, contou para ele que havia sido estuprada por um negro.

"Em algumas noites eu fui deliberadamente para bairros de negros procurando uma oportunidade de extravasar a violência física", disse Neeson. "Minha amiga foi brutalmente estuprada e eu pensei que estava defendendo sua honra."

O ator de "Busca Implacável" e "A Lista de Schindler" disse que saiu à caça de negros quatro ou cinco vezes, "até que eu coloquei a cabeça no lugar".

Ao GMA Neeson disse que se confessou com um padre, conversou com amigos sobre seus sentimentos violentos e começou a praticar power walking.

"Acredite ou não, eu fazia power walking duas horas por dia. Para me livrar desse sentimento", disse Neeson. "Isso me chocava e me machucava."

Roberts perguntou a Neeson se ele teria a mesma reação violenta se a amiga dele tivesse identificado o estuprador como um homem branco.

"Com certeza", respondeu Neeson. "Se ela tivesse dito que foi um irlandês ou um escocês, um britânico ou um lituano, sei que teria o mesmo efeito. Estava tentando mostrar honra, defender minha amiga querida, dessa forma terrível e medieval."

"Eu não sou racista", disse Neeson, afirmando que cresceu em uma Irlanda do Norte marcada por conflitos religiosos e nacionalistas.

"Todos nós fingimos que somos politicamente corretos. Neste país [EUA], e no meu próprio país também. Se você arranhar a superfície, descobre o racismo e o fanatismo", disse ele.


Este post foi traduzido do inglês.

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