Nas primeiras sete temporadas de Game of Thrones, a cena de abertura serviu como o equivalente para a TV do mapa dentro dentro dos livros de George R.R. Martin, Crônicas de Gelo e Fogo, dando uma ideia ao espectador de onde a ação se passava em Westeros e Essos naquele episódio.
Mas, como qualquer um que tenha visto o primeiro episódio da temporada nova de Game of Thrones sabe — os SPOILERS começam aqui para quem não viu! —, uma nova abertura foi feita completamente do zero.
Isso era algo que a equipe responsável pela abertura de GoT — o estúdio Elastic, que também fez as aberturas de The Crown e True Detective — queria fazer há muito tempo.
“Nossa ideia inicial era muito ambiciosa para fazer logo na primeira temporada", disse o diretor criativo Angus Wall ao BuzzFeed News.
Nas primeiras concepções do episódio piloto da série, os mapas seriam ainda mais simples, como uma imagem bidimensional que entraria entre cenas em locais distantes para ajudar o espectador a entender onde estava ocorrendo a ação no mundo de fantasia de Martin. Mas os produtores perceberam que a aparição do mapa várias vezes em um episódio diminuía o ritmo da narrativa, e o mapa foi transferido para a abertura.
A Elastic, então, criou o modelo tridimensional que virou a marca registrada de GoT.
“Em toda nova temporada, a gente falava: 'Vamos tentar refazer tudo'", disse Kirk Shintani, que comandou a equipe da computação gráfica da abertura das sete primeiras temporadas e é diretor de arte da abertura da 8ª temporada.
A 8ª temporada apresentou um desafio único: o elenco de personagens, antes muito espalhado, agora se consolidou em apenas alguns locais — basicamente Porto Real, Winterfell e a Muralha — e o público não precisava mais entender onde esses lugares ficam em Westeros.
Então, em junho de 2017, depois que a Elastic entregou as aberturas para a 7ª temporada, os produtores executivos de GoT David Benioff e D.B. Weiss, junto com o produtor Greg Spence, reuniram-se com a equipe para discutir o plano para a 8ª temporada.
"Eles disseram: 'vamos detonar'", disse Shintani. "'Todas as coisas que vocês queriam fazer, vamos fazer'. E começamos a pôr em prática sete anos de ideias."
O astrolábio tem novas imagens.
A abertura sempre mostrava um intrincado astrolábio decorado com imagens que representavam a história de Westeros e Essos que precede a narrativa contada na série: a Perdição da Valíria (que aparentemente havia acabado com a era dos dragões), a Batalha do Tridente (que concluiu a Rebelião de Robert contra os Targaryens) e a ascensão da Casa Baratheon como os governantes de Westeros.
Para a 8ª temporada, a equipe da Elastic criou três novas imagens representando momentos seminais da série, dessa vez em ordem cronológica inversa: a queda da Muralha, o Casamento Vermelho e o nascimento dos dragões de Dany.
Nós começamos na Muralha, e depois acompanhamos o exército dos Mortos.
Aparece um novo lugar nesta temporada.
Parece que ainda há espaço para alguns novos lugares na série, começando com a Última Lareira — a sede da Casa Umber, o primeiro local alcançado pelo exército dos Mortos.
Nós finalmente podemos ver Winterfell por dentro.
De todas as mudanças feitas pela Elastic para a abertura de GoT, a maior e mais complicada foi a decisão de criar interiores para os principais locais com a mesma linguagem visual complexa usada para os exteriores. Como Wall e Shintani explicaram, da mesma forma como os exteriores nas aberturas antigas indicavam os locais-chave dentro de cada episódio, a escolha de quais interiores retratar nas novas aberturas também se conecta aos principais locais para cada episódio.
Agora terminamos em uma Porto Real atualizada.
Este post foi traduzido do inglês.