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Livraria Cultura diz que relatos de assédio são "completamente distorcidos"

"As denúncias são anônimas, foram publicadas em um site que se define como 'anticapitalista'. Não temos como comentar algo que não se sustenta", disse a empresa em nota.

A Livraria Cultura divulgou nota nesta quinta (25) dizendo que os relatos de assédio moral que ex-funcionários descreveram anonimamente — e que viralizaram ontem, fazendo #livrariacultura chegar aos trending topics do Twitter — são "completamente distorcidos".

Os relatos foram publicados no último dia 21 pelo site Passa Palavra: três pessoas que se apresentam como ex-funcionários da empresa dizem ter sido assediados moralmente e perseguidos entre os anos de 2013 e 2016.

Também disseram que seus direitos trabalhistas foram desrespeitados e que foram destratados por gerentes e até diretamente pelo "dono" — Pedro Herz, que não é nomeado no texto do site. A crise de imagem chega no momento em que a Cultura tenta sair da pior crise de sua história. Endividada, a maior rede de livrarias do país está em recuperação judicial desde outubro do ano passado. Este mês, a Justiça homologou o plano de recuperação que prevê o pagamento parcelado dos credores. Leia aqui como a Livraria Cultura beijou a lona.

"Os fatos relatados [no site Passa Palavra] estão completamente distorcidos", diz a nota da Livraria Cultura. "As denúncias são anônimas, foram publicadas em um site que se define como 'anticapitalista', logo depois da aprovação do nosso plano de recuperação judicial. Os casos citados supostamente ocorreram anos atrás. Não temos como comentar algo que não se sustenta."

Um dos relatos reproduzidos pelo site descreve uma reunião que teria sido conduzida pelo "dono" da Cultura: "Ele humilhou muito o pessoal do piso de loja – os vendedores, os auxiliares de venda, os gerentes da loja... [...] Ele falou que a loja era um chiqueiro e que nós éramos porcos e que, já que a gente não tomava uma decisão, ele ia tomar uma decisão por nós: 'Quem não estiver de acordo com o que estou dizendo, pode passar agora no RH, eu vou pagar todos os direitos, eu faço questão de mandar embora!'. Ele repetiu três vezes isso. Só que isso era blefe, e ele não contava que quase a empresa inteira ia passar no RH.”

Leia a íntegra da nota da Livraria Cultura:

"Os fatos relatados estão completamente distorcidos. As denúncias são anônimas, foram publicadas em um site que se define como "anticapitalista", logo depois da aprovação do nosso plano de recuperação judicial. Os casos citados supostamente ocorreram anos atrás. Não temos como comentar algo que não se sustenta.

Estamos muito tristes com as declarações que têm sido feitas sobre a nossa empresa.

Temos muito orgulho da Livraria Cultura. Temos uma equipe maravilhosa e lojas lindas. Somos um time que gosta de trabalhar muito e continuaremos fazendo isso para entregar conhecimento e cultura para os brasileiros, além de um serviço incrível.

Valorizamos todas as pessoas, a diversidade e a liberdade de expressão, por isso lamentamos as distorções, mas respeitamos o direito de cada um dizer o que pensa. Nossas portas estão abertas para receber os clientes e também os críticos dispostos a nos conhecerem de perto. E convidamos você a refletir sobre tudo o que lê."


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