Como um caso envolvendo gaivotas, pepperoni e uma janela aberta baniu um homem de um hotel por 17 anos

Senta que lá vem história.

Esta é a história de como um homem foi proibido por 17 anos de entrar em um hotel após um caso envolvendo uma mala cheia de pepperoni, gaivotas famintas e uma janela aberta.

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A história começa em 2001, quando Nick Burchill, que mora em Nova Escócia, no Canadá, estava hospedado no Fairmont Empress Hotel, em Victoria, para um evento de negócios, seu primeiro trabalho para a empresa.

O hotel confirmou os seguintes eventos para o BuzzFeed News. Burchill não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.

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Em uma carta ao hotel, que ele compartilhou na sexta-feira no Facebook, Burchill disse que havia comprado uma mala cheia de pepperoni para alguns amigos da Marinha.

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"Como se tratava da Marinha, levei uma quantidade suficiente para um navio todo", escreveu Burchill na postagem.

Infelizmente, o quarto do hotel não tinha geladeira, então ele decidiu deixar seu estoque de pepperoni na frente de uma grande janela, que ele deixou parcialmente aberta, para ficar mais fresco.

"Eu levantei um dos vidros da janela e espalhei os pacotes de pepperoni na mesa e no peitoril da janela", escreveu Burchill. "Então, saí para dar uma caminhada... por cerca de 4 ou 5 horas."

Parece uma boa ideia, certo?

BEM.

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Quando Burchill voltou ao seu quarto, encontrou um espetáculo na sua janela: um bando inteiro de gaivotas se empanturrando do seu valioso pepperoni.

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"Eu não tive tempo nem de contar, mas acho que tinha umas 40 aves", escreveu Burchill. "E elas estavam no meu quarto, comendo pepperoni já por um bom tempo."

E, como aprendeu Burchill naquele momento, o pepperoni "não faz muito bem para o sistema digestivo das gaivotas".

"Como era de se esperar, o quarto estava coberto de cocô de gaivota", escreveu ele. "O que eu não sabia até então era que as gaivotas também babavam. Especialmente quando comem pepperoni".

A situação ficou ainda pior. Assustadas com a entrada de Burchill, as aves começaram a voar por toda parte e a colidir com as coisas, resultando em "um tornado de cocô de gaivota, penas, pedaços de pepperoni e aves razoavelmente grandes girando pelo quarto".

"As lâmpadas começaram a cair. As cortinas ficaram destruídas. A bandeja de café ficou nojenta", escreveu Burchill.

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Burchill abriu a janela inteira abrindo caminho para que elas voassem e "a maioria das gaivotas saiu imediatamente".

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Ainda assim, algumas aves não estavam prontas para desistir.

"Uma tentou entrar novamente no quarto para pegar outro pedaço de pepperoni e, em meu estado de agitação, tirei um dos meus sapatos e joguei nela", escreveu Burchill. "Tanto a gaivota quanto o sapato saíram voando pela janela."

Ainda com uma gaivota gigante no quarto, Burchill disse que "pegou uma toalha de banho e começou a agitá-la".

"A ave começou a surtar, então a enrolei na toalha e a joguei pela janela", escreveu ele. "Eu tinha esquecido que as gaivotas não podem voar quando estão enroladas em uma toalha."

O sapato e a gaivota enrolada em uma toalha aparentemente atingiram um grande grupo de turistas lá embaixo. A gaivota ficou ilesa, acrescentou Burchill.

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Para piorar as coisas, vamos lembrar que isso está ocorrendo durante a primeira viagem de negócios de Burchill com uma nova empresa. E ele simplesmente jogou o sapato para fora da janela antes de um jantar importante.

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Depois de recuperar o sapato do lado de fora, e percebendo que não seria capaz de limpar a bagunça sozinho, Burchill decidiu que era hora de pedir ajuda. Então telefonou para a recepção para ver se alguém podia dar uma mãozinha.

"Ainda me lembro do olhar no rosto da mulher quando ela abriu a porta", escreveu Burchill. "Eu não tinha absolutamente nenhuma ideia do que dizer a ela, então apenas disse 'sinto muito' e fui jantar."

Quando voltou do jantar, suas coisas haviam sido transferidas para um quarto menor.

Além disso, uma carta foi enviada à sua empresa dizendo que ele seria banido do hotel . "Uma proibição que eu respeito há quase 18 anos", escreveu Burchill.

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Burchill concluiu sua carta pedindo que a proibição, que já dura 17 anos, fosse finalmente suspensa.

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"Eu amadureci e admito a responsabilidade por minhas ações", escreveu Burchill. "Eu venho até vocês, humildemente, para pedir desculpas pelo dano que indiretamente causei e pedir que reavaliem a proibição de eu entrar na propriedade."

"Espero que analisem com carinho meu pedido de perdão ou considerem meus 18 [anos] de distância do Empress como 'tempo de punição", escreveu ele.

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No sábado, um funcionário do hotel disse a Burchill que ele seria, finalmente, recebido de volta no Empress.

      

A diretora de relações públicas do hotel, Tracey Drake, confirmou ao BuzzFeed News que a proibição havia sido suspensa.

Burchill agradeceu ao hotel entregando um presente especial. Adivinhem só: pepperoni!

Tracey disse o seguinte: "vários dos nossos colegas de longa data lembram-se bem [do incidente]" e "se divertiram tanto quanto todos os outros que leram a carta do Sr. Burchill".

"Sua série de eventos infelizes aconteceu há muitos anos. Fiicamos felizes em analisar a carta do Sr. Burchill e suspender a proibição", disse Tracey.

"Estamos ansiosos para receber o Sr. Burchill no Fairmont Empress novamente no futuro", disse ela. "E como fizemos uma reforma em 2017, ele ficará encantado em saber que os quartos têm comodidades modernas e ar-condicionado para manter seus pepperoni frescos sem a necessidade de abrir as janelas."

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Este post foi traduzido do inglês.

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