A crise da dívida da Grécia explicada através de gifs de "Grease"

Saída do Euro, aconteceu muito rápido...

Em 2001, a Grécia abandonou a dracma pelo euro. Mas, mesmo assim, o problema estava à vista e o Banco Central Europeu (BCE) advertiu Atenas de que ela ainda tinha muito a fazer para fazer sua economia crescer.

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Mas ela estava vivendo um amor novo amor de zona econômica!

Bem como sendo um T-bird ou uma Pink Lady, há certas ~regras~ às quais você tem que aderir se quiser ser uma parte da zona do euro e do BCE, de forma que sua economia não se torne um empecilho para o resto da União Europeia.

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Parte disso é que, ao contrário dos Estados Unidos, a Grécia não pode simplesmente sair e imprimir mais euros ou qualquer outra coisa para ajudar a atender suas necessidades fiscais. Não, tudo isso tem que passar pelo BCE.

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Por alguns anos, tudo parecia estar indo bem. Mas, a crise financeira global chegou em 2008 e impulsionou a crise da dívida europeia de 2009 (TL;DR: a UE teve que lutar para que as dívidas de vários países não derrubassem todo o euro).

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Para efeito de comparação, a zona do euro como um todo tem uma dívida em relação ao PIB de cerca de 97% — ainda não é ótima, mas é principalmente por causa de países como a Grécia, Espanha e Portugal que ela está tão alta.

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Foi emprestado à Grécia € 240 bilhões ao longo de cinco anos para evitar uma quebra — mas ela tinha que usá-los para pagar seus muitos empréstimos internacionais e gastos passados em vez de crescer a economia. E então ela continuou próxima da inadimplência.

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Como o BCE é, bem, um banco, o dinheiro da ajuda fornecida tem de ser pago de volta, eventualmente, também com juros. O que é divertido.

Enquanto isso, a Alemanha — a maior economia da Europa — tem visto a sua economia se recuperar muito mais rápido e mais forte do que o resto da Europa, baseado muito na sua força industrial. Isso significa que a Alemanha conseguiu fazer muito do que queria pós-2008.

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A Alemanha leva a sério a austeridade — ou a ideia de que a redução da despesa pública ajuda a impulsionar uma economia — e diz que, para conseguir mais dinheiro do BCE, a Grécia tem que cortar gastos públicos. Muito.

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E a Alemanha fica dizendo “Vá em frente, experimente! É divertido!”

Os gregos não estavam superfelizes com isso, especialmente porque, entre outros assuntos, o desemprego continuou a ser o mais alto da Europa. Isso ajudou o partido de esquerda Syriza a ganhar as eleições nacionais da Grécia no início deste ano em uma plataforma antiausteridade.

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O novo governo, liderado por Alexis Tsipras, elaborou um acordo em fevereiro, que prorrogou o prazo de vencimento das dívidas da Grécia. Mas a nova data de vencimento estava para o dia 30 de junho.

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A Grécia não vai aceitar os termos necessários para ter a última parte do resgate financeiro.

A Grécia ainda tem cerca de US$ 8,1 bilhões restantes em resgate financeiro prometido. Mas ela não quer implementar os novos cortes de gastos que a Comissão Europeia (por exemplo, a Alemanha), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o BCE querem antes de liberar os fundos.

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O governo grego confirmou na terça-feira que planeja jogar tudo para o alto e não pagar os empréstimos ao FMI.

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A crise provocou um murmúrio de uma saída grega do euro (ou "Grexit", em inglês) e retornar ao dracma. Investidores fugiram do euro na segunda-feira com base por causa da possibilidade disso acontecer.

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(Também não vamos nos esquecer do fato de que os protestos antiausteridade gregos em 2010, 2011 e 2012, todos se tornaram violentos.)

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Muito tem sido falado ao longo dos anos sobre o que significaria se um país fosse forçado a abandonar o euro — mas isso é o mais próximo que chegamos. E para ser honesto, ninguém sabe o que significaria para o euro deixar mercados globais sozinhos.

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Para piorar as coisas, a Grécia realmente precisa desse dinheiro — em parte do FMI — para ser capaz de pagar de volta… o FMI. Nenhuma economia avançada ficou inadimplente, e a Grécia deve US$ 1,8 bilhões.

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A Grécia não pode exatamente esconder-se desse fato.

As pessoas estão, compreensivelmente, começando a surtar. Controles de capitais estritos têm sido postos em prática como uma tentativa de evitar uma corrida aos bancos — os caixas eletrônicos tiveram seus limites de retirada reduzidos e os bancos em toda a Grécia ficarão fechados pela semana.

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Agora a Grécia está rapidamente ficando sem dinheiro, mas também tem um governo tentando desesperadamente a) não entrar em colapso, b) não ficar inadimplente e c) não quebrar a economia.

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O que faz o governo tentar ser um monte de coisas para pessoas diferentes.

Por isso, ela optou por esta jogada: no próximo domingo, o governo vai colocar a ideia de mais austeridade em votação.

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Apesar de não ser uma conclusão precipitada, dada à impopularidade da austeridade, o referendo está sendo visto como uma escolha de fato entre o euro ou a dracma.

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O impasse continua.

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