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No dia em que Bolsonaro reclamava de turistas gays e da propaganda do BB, as contas do país tomaram um baque de R$ 50 bi

Enquanto o presidente da República manifestava sua preocupação com esses assuntos, STF tomou decisão que pode custar R$ 49,7 bilhões em 5 anos.

Nesta quinta-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) começou o dia se metendo em uma nova polêmica: desta vez, reclamando dos turistas gays que vêm ao Brasil.

“O Brasil não pode ser o país do turismo gay. Quem quiser vir aqui fazer sexo com mulher, fique à vontade. Agora, [o Brasil] não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay”, disse Bolsonaro em café da manhã com jornalistas.

À tarde, veio a público que Bolsonaro havia mandado tirar do ar uma propaganda do Banco do Brasil focada em diversidade, com brancos, negros e transexuais.

Bolsonaro foi atendido também em outro pedido: a demissão do diretor de marketing do BB, Delano Valentim.

Veja aqui a propaganda:

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Enquanto Bolsonaro manifestava uma preocupação pouco comum para um presidente da República com esses assuntos, o STF (Supremo Tribunal Federal) ampliou os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus — o que deve custar ao país R$ 49,7 bilhões em 5 anos, estima a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Pela decisão do plenário da Corte, empresas que compram insumos da Zona Franca isentos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) passam a ter o direito de contabilizar o valor do imposto como crédito tributário, como se o IPI tivesse sido pago.

Só que ninguém sabe de onde esse dinheiro vai sair.

O mais provável é que haja cortes. Vinicius Torres Freire, na Folha, comenta que para compensar o valor concedido em incentivos fiscais seria preciso cortar todo o investimento federal em obras viárias como rodovias (que foi de R$ 10 bilhões em 2018) ou reduzir o Bolsa Família pela metade.

"Há mais. Em tese, as empresas que mais se beneficiam da medida são aquelas com cadeias de produção mais complexa e têm a capacidade e a organização de manter fornecedores distantes. Parece a descrição de uma empresa grande ou já bem estabelecida na praça, certo?", escreve o colunista.

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