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Os cãezinhos de Chernobyl vão buscar vida nova em outro continente

Estes filhotes de Chernobyl passaram a vida toda em uma região que ainda enfrenta os efeitos colaterais do pior desastre nuclear da história da Europa. Mas eles estão prestes a começar uma vida nova, com famílias nos EUA e no Canadá.

ZONA DE EXCLUSÃO DE CHERNOBYL – Dezenas de filhotes, com orelhas enormes e abanando os rabos, corriam atrás de Natalia Melnichuk, que carregava uma imensa tigela com comida para cachorros. Natalia parou, virou-se e mandou os filhotes sentarem, exibindo um dos quatro comandos que eles obrigatoriamente precisam saber antes de poderem sair da cidadezinha ucraniana de Slavutych para encontrar novos lares.

Esses filhotes estão prestes a tornar-se os primeiros cachorros a saírem de uma área conhecida como zona de exclusão de Chernobyl e viverem no exterior com estrangeiros que os adotaram. Os cachorros passaram a vida toda em um dos locais mais estranhos da Terra, uma região que ainda enfrenta os efeitos colaterais do pior desastre nuclear da história da Europa.

Contudo, esses cães são tão normais quanto qualquer outro animal. “Se um deles pega um graveto”, disse Natalia, “todos os outros querem o graveto”.

Esses filhotes e seus irmãos mais velhos também são famosos na internet. Um vídeo dos cães no ano passado alcançou quase 6 milhões de visualizações no Facebook, e outro, com dois minutos, foi visualizado mais de um milhão de vezes em 2017. Um dos vídeos fez parte de uma campanha de financiamento coletivo que arrecadou US$56 mil para ajudar os cães de Chernobyl (a campanha foi impulsionada pelo compartilhamento das fotos dos filhotes por grandes contas do Twitter como We Rate Dogs and Darth). A ONG por trás do projeto de financiamento coletivo chama-se Clean Futures Fund. Além de ajudar os cães que vivem na zona de exclusão, a CFF oferece assistência médica e outros serviços às pessoas que continuam sendo afetadas pelo impressionante acidente nuclear ocorrido na usina de Chernobyl há mais de 32 anos.

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A CFF foi criada também para ajudar humanos, mas são os cães que despertam mais paixão entre os doadores da ONG e mais atenção online.

Lucas Hixson, cofundador da CFF, disse que, quando postam histórias das crianças que a ONG ajuda ou de outros projetos com o qual trabalham, ele recebe e-mails irritados de doadores que querem garantir que o dinheiro está indo para os cachorros em Chernobyl e não para as pessoas.

“Nas mídias sociais, se colocamos uma foto com a legenda ‘Ei, ajudamos no tratamento desta criança, muito obrigado’, recebemos de três a cinco e-mails falando ‘Eu dou meu dinheiro para os cachorros – é melhor vocês não utilizarem meu dinheiro com crianças’”, afirmou Hixson ao BuzzFeed News.

Hixson mostrou um e-mail que acusava a CFF de receber dinheiro de George Soros, o bilionário húngaro que é alvo constante de teorias conspiratórias antissemitas e de direita. Para Hixson, isso faz parte do trabalho em Chernobyl, uma área repleta de história, sentimento e equívocos. Apesar dos frequentes comentários negativos, ele e Erik Kambarian, outro cofundador, continuam trabalhando com as pessoas em Chernobyl entre as publicações nas redes sociais sobre os cães da área.

O turbilhão de histórias virais sobre o programa com cães enfatiza a questão da radioatividade, às vezes até equivocadamente, mas também dá uma maior visibilidade à CFF. Um veículo de imprensa dizia que os cachorros eram “selvagens”, outro afirmava que os filhotes não podiam ser tocados por causa da radioatividade (um mentira gritante, os cães não são radioativos). Hixson disse que são os cães já adultos que podem ter radiação nos pelos, e isso ainda é algo raro. Eles não viram um único filhote radiativo no último ano e viram apenas um ou dois em todos esses anos.

“Geralmente é apenas na bunda, caso sentem em alguma coisa”, afirmou Hixson.

Antes de 2018, era ilegal retirar os cachorros da zona de exclusão. Mas no verão passado o trabalho de Natalia Melnichuk foi cuidar dos filhotes e prepará-los para serem adotados. Sua alegria contrasta com o horror vivido por ela 32 anos atrás, quando tinha 6 anos e a usina de Chernobyl explodiu, liberando a maior quantidade de radiação já registrada no ar e envenenando a área, além das pessoas, animais e árvores que lá viviam, pelas próximas décadas. Atualmente, Natalia dança com os filhotes ao som de sua música favorita, “Despacito”, e dá a eles nomes de compositores famosos porque “essa turminha gosta de cantar”.

“Sabemos tudo sobre eles”, disse Natalia em russo. “Conhecemos todas as manchas nos pelos, conhecemos seu comportamento, sabemos o que significa cada olhar. Agora podemos dizer, com uma olhadela, se o cão está se sentindo bem ou se há algo preocupando-o.”

Fora os dois anos passados em Cuba após a evacuação de Chernobyl, Natalia nunca saiu da Ucrânia. Ela pede a amigos que tragam ímãs de geladeira do mundo todo, para que possa se imaginar viajando para novos lugares. Ela está empolgada com os novos lares que seus pupilos peludos arranjaram no ocidente, mas lamenta ficar para trás.

“Levem-nos com eles”, disse brincando.

Natalia estava a uma semana do seu aniversário de 7 anos quando o reator 4 de Chernobyl explodiu, um acidente que matou 28 pessoas e deixou vários perenemente enfermos, além de passar os efeitos da radiação para seus descentes.

Foi o acidente nuclear que definiu uma geração. Os primeiros socorristas morreram lentamente, com a pele caindo aos pedaços. As pessoas que viviam perto da usina desenvolveram câncer e problemas de saúde incuráveis. Mulheres grávidas sofreram abortos, e hospitais tornaram-se necrotérios. Os ventos espalharam a radiação pela União Soviética e, posteriormente, pela Europa – razão pela qual o mundo percebeu que havia algo de errado. Até então, a União Soviética havia tentado abafar o caso.

Como a maioria das pessoas que vivia em Pripyat, a mãe e o pai de Natália trabalhavam na usina – ela como operadora de grua e ele como engenheiro.

No pânico após a explosão, ela foi separada das irmãs e dos pais e colocada em um ônibus para Odessa, uma cidade no sul da Ucrânia. Com o cabelo cortado para remover a radiação, ela viveu em um lar para idosos durante quatro meses, enquanto seus pais a procuravam. Natália disse que carregou esse trauma para a vida adulta. Ela ainda visita seu antigo apartamento em Pripyat, uma cidade abandonada que agora recebe turistas. Ela nunca esqueceu do seu ex-endereço. Após os pais reencontrarem Natália e suas irmãs, a família foi enviada a Cuba, onde viveu alguns anos. Lá, seu pai ajudou a construir outra usina, e ela curtia o sol e o mar. “Até hoje ainda lembro do gosto daquelas mangas”, afirmou.

A explosão deixou Pripyat, os vilarejos próximos e o país inteiro de pernas para o ar. Os soldados soviéticos evacuaram os residentes em ônibus, sem deixar que os civis levassem mais do que os documentos e as roupas que vestiam. As fazendas que haviam ajudado as pessoas a sobreviver aos invernos inclementes foram abandonadas, junto com vacas, gatos, cães e outros animais. Posteriormente, os soldados voltaram para atirar nos animais e enterrá-los em valas comuns. A preocupação era que os animais tentassem seguir seus donos, espalhando a radiatividade no processo.

Muitos dos cachorros que lá vivem atualmente são descendentes dos que sobreviveram aos massacres, longos invernos e animais selvagens.

Outros cães abandonados vagaram até a zona de exclusão ou foram esquecidos por donos que não queriam mais cuidar deles.

Hoje, alguns habitantes locais assumiram o trabalho de cuidar dos animais. Uma mulher na cidade de Chernobyl disse que cuida do máximo possível de cachorros, mas que os filhotes têm chances menores de sobreviver porque comida e abrigo são esparsos. Segundo as estimativas de Hixson, cães na zona não vivem mais do que seis anos – e não por causa da radiação, mas pela falta de comida e abrigo, principalmente no inverno. Ainda assim, alguns residentes adotam os cães abandonados ou alimentam filhotes que vêm e vão. É parte da rotina do lugar, um acordo tácito entre os residentes.

“Eu estou realmente surpresa com o quão saudáveis eles estão – eles estão muito bem alimentados”, disse Jennifer Betz, uma veterinária que está trabalhando com a CFF na Ucrânia. “As pessoas aqui realmente fazem de tudo para que eles estejam bem alimentados e sejam bem tratados. É o que me surpreende. Eles adoram os cachorros.”

Em um dia ensolarado de junho do ano passado, um punhado de voluntários reuniu-se com a equipe da carrocinha em um hospital da cidade para estudar um mapa e identificar lugares onde humanos poderiam residir – já que onde há humanos, há cachorros. Dois membros da equipe, Rob Snyder e Michelle Clancy, saíram para explorar uma rua onde achavam que haveria várias residências, mas que descobriram tratar-se de uma rua deserta. Enquanto caminhavam pela rua, um cachorro surgiu. Com medo e latindo alto, ele recuou diante do pedaço de linguiça oferecido pelos voluntários. Os próximos cachorros que surgiram em seguida estavam tão ansiosos pelas comidas que imediatamente deitaram e abanaram os rabos. Ao acariciarem os animais, os dois perceberam que seus pelos caíam.

“Isto, o que está acontecendo agora, é quando fico mais feliz”, Michelle Clancy disse agachada, cercada por quatro ou cinco cachorros brincalhões. Os cães logo foram recolhidos, alguns carregados, outros atraídos para gaiolas com comidas ou sedados com um dardo anestésico.

Os cães foram então levados para um hospital temporário da CFF, onde um pedacinho de fita adesiva foi colocado em uma das pernas traseiras dos animais para identificá-los. Eles foram avaliados com um dosímetro, especialistas coletaram sangue dos animais, os veterinários operaram quando necessário, e os auxiliares de veterinária ajudaram na recuperação da anestesia.

O hospital estava repleto de equipamentos e ferramentas improvisados. A caixa que ajudou a medir a radiação dos cachorros era uma traquitana com apenas cinco folhas de chumbo que os cientistas mudavam constantemente de lugar. A sala de cirurgia de Jennifer Betz, responsável pela saúde dos cachorros, utilizava tábuas de passar como mesas e garrafas plásticas presas em cabides de roupa como bolsas de solução IV.

“Apenas adaptamos as coisas. Tábuas de passar são úteis”, afirmou. “Estamos acostumados a improvisar. Às vezes, se as mesas não estiverem suficientemente altas, pegamos alguns tijolos lá fora e os colocamos embaixo da mesa.”

Antes de Chernobyl, Jennifer Betz passou cinco anos viajando pelo mundo ajudando cães abandonados em Belize, México, Peru e Havaí. A americana Jennifer ajuda a administrar uma organização chamada Veterinary Ventures, que tem por missão cuidar de animais ao redor do mundo. A segurança era uma das preocupações de Jennifer antes de chegar a Chernobyl, mas os cachorros são examinados por uma equipe de especialistas para verificar a incidência de radioatividade antes e após passarem por cirurgia.

“Estes filhotinhos não têm como cuidarem de si mesmos”, afirmou a médica, apontando para a sala onde os cães recuperavam-se da cirurgia. “Se todos crescerem, cada um pode gerar 64 cães ao longo da vida. Se você castrar um cão, pode impedir que 64 cães sejam abandonados nas ruas.”

Após o tratamento, os cães adultos são devolvidos ao lugar onde foram encontrados, enquanto os filhotes são enviados para estábulos em Slavutych, uma cidade próxima fora da zona de exclusão que foi construída após a explosão. É uma cidade limpa, bonita e pequena, lar dos trabalhadores da usina e dos voluntários. Lembranças de Chernobyl estão por todos os lados – até a igreja local apresenta imagens que representam o acidente como um ato divino. É em Slavutych que os filhotes são colocados sob os cuidados de Natalia Melnichuk.

Natalia conheceu Hixson em 2017, quando a CFF ajudou a financiar a 11ª cirurgia de seu filho – como muitos dos nascidos após o desastre de Chernobyl, ele foi diagnosticado com uma doença congênita. Uma que afetava seus ossos. A CFF já ajudava os funcionários da usina, crianças e cães da região. Um ano depois, a ONG lançou seu programa de adoção de filhotes, e Hixson contratou Natalia para cuidar dos animais.

A princípio, a CFF estabeleceu um hospital perto da usina porque, segundo Hixson, os cães reuniam-se perto da cantina onde os funcionários da usina comiam. Os cães ainda correm pela área na hora do almoço, na esperança de conseguir restos de comida. Lá perto, encontramos o lago de resfriamento que virou lar dos famigerados bagres gigantes. Os funcionários dizem que, na hora do almoço, os peixes deixam os trabalhadores acariciarem suas barrigas em troca de migalhas, assim como os cachorros.

No verão passado, a CFF estabeleceu três hospitais temporários durante sua estadia na zona de exclusão, procurando animais para serem tratados. Um foi estabelecido na cidade de Chernobyl, na rua Lenin, que era a principal via da cidade, mas hoje é apenas uma faixa de casas abandonadas com tetos desabados. Ninguém pode viver na cidade de Chernobyl por períodos superiores a três semanas por causa da radiação que ainda se faz presente. A cidade também possui um toque de recolher rigoroso.

Antes do ano passado, quando as autoridades da usina e da zona de exclusão permitiram que a CFF retirasse os cachorros vacinados e descontaminados da área, a ONG tratava os cães em hospitais improvisados e soltava-os nas ruas novamente. Agora, com a ajuda da SPCA International (ONG de proteção de animais dos EUA) e permissão do governo, mais de 40 filhotes poderão encontrar um novo lar nos Estados Unidos e no Canadá.

A CFF procurou os gestores da usina para ajudar os cachorros. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia encareceu e dificultou a aquisição de vacinas, incluindo a vacina antirrábica, e essa foi uma das razões pela qual algo tinha de ser feito. Hixson ouviu de funcionários da usina que alguém tinha sido contratado para abater os cachorros, mas não tinha feito o trabalho. Foi aí que a CFF interveio com o intuito de realizar um programa de cinco anos para reduzir, humanamente, a população canina na região.

O programa de filhotes é o que atrai mais atenção para a CFF, mas também é o que mais se aproxima da missão que motivou a fundação da ONG – ajudar os que vivem na zona de exclusão de Chernobyl que não possuem condições de virarem-se sozinhos.

Atualmente, a Ucrânia está mergulhada em uma recessão profunda, o que é exacerbado pela guerra com a Rússia. Um dos médicos que trabalhou no hospital em Slavutych estimou que atualmente recebe do governo cerca de US$17 por paciente, bem menos do que a quantia de US$50 a US$70 que recebia anos atrás. Isso não é o suficiente para cobrir gastos com remédios, comida e outros materiais, e o médico disse que frequentemente pede aos pacientes que tragam coisas de casa.

Hixson e Kambarian criaram a CFF em 2016, após uma viagem de trem até a zona de exclusão na qual viram um envelope sendo passado para recolher dinheiro para uma funcionária da usina que não conseguia pagar o tratamento de câncer com seu salário.

“Achamos que podíamos fazer mais”, disse Hixson. “Queríamos um futuro melhor do que o em que vivemos.”

Boa parte dos recursos da ONG é destinado à assistência médica, e Hixson, que foi adotado, esforça-se para visitar os orfanatos locais levando brinquedos como bolas de basquete e pistolas de água para as crianças. A CFF já concedeu 85 bolsas para aquisição de remédios e tratamentos de saúde aos funcionários da usina, além de ter ajudado 12 famílias no pagamento de cirurgias. Ela também financiou a compra de uma van que leva as crianças para a cidade vizinha quando precisam de tratamento. Por não possuir verbas suficientes, o hospital em Slavutich não oferece atendimento a necessidades especiais. O hospital é limpo e organizado, mas as máquinas utilizadas pelos médicos parecem ter saído de uma outra era, feitas de plástico colorido, algumas possuindo mais de uma década, segundo a vice-diretora, Elena Suganiaka.

“Sonhamos com máquinas como as que vemos em séries de TV dos EUA”, ela afirmou. “Com monitores.”

A CFF ajudou o hospital a comprar alguns equipamentos, mas os problemas permanecem. Victor Shilenko, ex-diretor do hospital de Slavutych, disse que as taxas de tuberculose na cidade aumentaram em 10%.

“As pessoas não priorizam a saúde – priorizam a sobrevivência”, ele disse.

Dois meses após serem capturados, 14 filhotes chegaram ao Aeroporto Internacional JFK, em Nova York. Hixson disse que a viagem ainda envolveu um trajeto de 3 horas de carro de Slavutych até Kiev. E uma escala em Amsterdã durante o voo.

“Essas coisas são complicadas”, disse. “Passamos o tempo quase todo limpando cocô dos canis.”

Alguns dos filhotes ficaram no abrigo para transporte de animais de estimação do aeroporto e depois foram levados pelos seus novos donos. O restante foi até Manhattan para uma visita aos veículos de imprensa de Nova York, incluindo o BuzzFeed News.

“As pessoas comentavam sobre como eles eram bonitos e como suas orelhas eram grandes”, afirmou Hixson. “Os filhotes paravam e latiam para seus próprios reflexos em portas de vidro.”

Após a viagem, Hixson decidiu mudar-se de vez para a Ucrânia. Por telefone, ele falou sobre suas ambições futuras, como ajudar a limpar o lixo deixado pelos turistas em Chernobyl e ajudar no tratamento de saúde de mais pessoas na área. Empolgado, ele disse que nenhum dos cães teve de ser realocado e mostrou um vídeo de dois filhotes da mesma ninhada que se reencontraram em Ohio. Depois, contou sobre um menino de 13 anos que deu seus primeiros passos após passar por cirurgias e receber equipamento para auxílio na mobilidade, tudo financiado pela CFF.

“Foi incrível”, ele disse.

Mas essa conquista – ao contrário da jornada dos filhotes – dificilmente virará notícia no resto do mundo. ●

Este post foi traduzido do inglês.

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